Durante o “recesso branco” que começa nesta sexta-feira (18), e segue até a eleição, no dia 05 de outubro, os deputados federais do Espírito Santo deverão gastar juntos o equivalente a R$ 3.787.994,90. O levantamento realizado pelo Congresso em Foco mostra que, somente com salários e benefícios associados aos gabinetes, as despesas dos 594 deputados e senadores gastarão R$ 228 milhões nesse período.
Nos próximos 79 dias, os parlamentares só deverão comparecer a Brasília quatro vezes. No entanto, os salários permanecem inalterados. A expectativa é de que os deputados faça um “esforço concentrado” no dias 05 e 06 de agosto, e 2 e 3 de setembro.
Oficialmente o recesso parlamentar começaria nesta sexta-feira (18), mas sem a votação da LDO, o Congresso não pode interromper suas atividades nas duas semanas previstas em lei. O relatório da LDO sequer foi votado na Comissão Mista de Orçamento (CMO) por falta de quórum. O líder do governo na Casa, Henrique Fontana (PT-RS), aposta que a LDO só terá condições de ser votada depois das eleições de outubro.
Com o “recesso branco” só poderá haver atividades em comissões, no Conselho de Ética e na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) da Petrobras ou nas CPIs em andamento.
Na última quinta-feira (17), o residente do Senado, Renan Calheiros, fez um balanço das medidas de contenção de gastos adotadas pela direção da Casa em seu Programa de Racionalização. Segundo ele, mais de 90% da meta de economia de R$ 300 milhões para o biênio 2013/2014 já foram alcançados. Ele citou como outro exemplo da economia alcançada a redução da despesa de custeio, que em junho de 2014 foi R$10 milhões inferior à de junho de 2013.
QUANTO CUSTA
Um deputado em um mês: R$ 143.847,91
Um senador em um mês: R$ 160.567,13
Um deputado de hoje até as eleições: R$ 378.799,49
Um senador de hoje até as eleições: R$ 422.826,78
Total dos 594 parlamentares de hoje até as eleições: R$ 228.573.107,16
O cálculo do Congresso em Foco inclui o subsídio parlamentar, de R$ 26.723 por mês, e uma série de benefícios como ajudas de custo, auxílio-moradia, verba de gabinete para contratar mais de 20 funcionários, verbas para bancar passagens aéreas, locação de veículos, serviços de segurança, combustíveis, correspondências, telefones, além de ressarcimentos médicos e odontológicos. O levantamento usou como base os valores máximos disponíveis para deputados e senadores e, quando foi possível, os gastos efetivamente feitos em cada tipo de benefício.
(Com informações do Congresso em Foco, e Agência Senado)
