A reforma política volta à votação na Câmara dos Deputados nesta terça-feira (7) e deputados capixabas pretendem manter suas posições em pontos considerados polêmicos como o mandato de cinco anos e o financiamento privado de campanha.
O Folha Vitória conversou com alguns parlamentares sobre o assunto. O deputado Paulo Foletto (PSB) disse que vai votar favoravelmente ao mandato de cinco anos no Poder Executivo, mas afirmou ser contrário ao financiamento.
“Sou contrário ao financiamento privado de campanha. Entendo que o financiamento privado aumentou os custos de campanha e criou uma dependência no Executivo. Vejo que a saída para diminuir a incidência de corrupção é votar contra”, explicou o socialista.
O deputado Sérgio Vidigal (PDT) também deverá votar da mesma forma que Foletto.
Já o deputado Evair de Melo (PV), disse que irá se reunir com a bancada do seu partido na manhã desta terça-feira (7) para definir como deverá votar nos temas mais polêmicos.
“Farei uma reflexão sobre o financiamento de campanha. Sou a favor do fim das coligações, a favor da unificação das eleições e a favor do voto distrital. Dentro desse cenário votei a favor do financiamento privado de campanha. Mas antes de votar novamente, a bancada irá se reunir”, explicou o parlamentar do PV.
O deputado Lelo Coimbra (PMDB) explicou sua posição em relação ao financiamento privado de campanha. “Sou a favor do financiamento privado de campanha aos partidos. Entendo que essa proposta é mais transparente. Depois haverá uma lei específica para regulamentar, criar instrumentos que impeçam a corrupção. Também sou a favor do mandato de cinco anos, mas vai ser preciso corrigir a questão do mandato no Legislativo. Acredito que no Senado vão conseguir acertar essa distorção, de repente com eleições separadas”, explicou Lelo Coimbra.
O deputado Carlos Manato (SDD) também mostrou-se favorável ao financiamento privado de campanha. “Entendo que essa proposta é mais transparente. Não adianta querer jogar para a plateia. Teve gente que votou contra (no primeiro turno), mas no cafezinho comemorou que a proposta passou”, revelou o capixaba. Ele disse que votou favoravelmente ao mandato de cinco anos.