O deputado federal Lelo Coimbra (PMDB) pode ser considerado o fiel da balança para o segundo turno em Vitória, caso resolva declarar apoio a um dos candidatos classificados, Luciano Rezende (PPS) e Amaro Neto (SD). A segunda fase do pleito ocorrerá no último domingo do mês de outubro (30), em Vitória, Serra, Vila Velha e Cariacica.
O então candidato a prefeito foi o terceiro colocado nas urnas da capital do Estado, em que obteve 26.584 votos (14,32%), contra 81.315 votos (43,82%) de Luciano Rezende, 65.554 votos (35,32%) de Amaro Neto, 6.461 votos (3,48%) de Perly Cipriano (PT) e 5.668 votos (3,05%) de Andre Moreira (PSOL).
Lelo, que durante a campanha fez muitas críticas à gestão de Luciano, que teria deixado Vitória isolada e teria feito a cidade perder o protagonismo econômico, retornou a Brasília nesta segunda-feira (3) para cumprir sua atividade parlamentar.
A expectativa é que o peemedebista anuncie sua decisão de apoiar um nome ou se abster do processo na noite de quarta-feira (5) ou na manhã de quinta-feira (6), tendo em vista que a semana será dedicada a refletir sobre o seu rumo eleitoral, junto a amigos e lideranças políticas.
Terminado o pleito do último domingo (3), quando ficou fora da nova disputa, Lelo agradeceu os votos recebidos. “Estou muito feliz com a caminhada que fizemos e todo o carinho e apoio que recebi nas ruas de Vitória. Esta eleição só me motiva ainda mais a continuar trabalhando por Vitória e pelo Espírito Santo”, afirmou.
Já Perly Cipriano (PT), afirmou que serão realizadas reuniões da direção partidárias nestas terça e quarta-feira, para que se chegue um consenso.
Situação nas demais cidades
Os candidatos a prefeito que não foram classificados para o segundo turno das eleições municipais na Grande Vitória devem anunciar a decisão de apoiar um dos nomes a postos ou se abster do processo eleitoral até a próxima quinta-feira (6). Até essa data, eles irão se reunir com amigos, familiares, vereadores eleitos e lideranças partidárias, como forma de auxílio na tomada de decisão.
Rafael Favatto (PEN), que antes das eleições disse que apoiaria Max Filho (PSDB) num eventual segundo turno em Vila Velha, afirmou que irá se reunir com seus assessores de campanha e que não irá se abster. “Vamos decidir pelo bem de Vila Velha. Se abster não tem como, porque realmente precisamos pensar na cidade”.
Já Vasco Alves (PPL) disse que se reúne na noite desta segunda (3) com seu partido, para discutir o quadro. “Por enquanto não temos posição, vamos analisar e depois amadurecer essa ideia. Ninguém nos pediu apoio, então nós não vamos nos oferecer”, afirmou.
Em Serra, Gideão Svensson (PR) comentou que tem conversado com o partido e também com sua família e os vereadores da coligação. “Vamos dialogar com todas as forças políticas e tomar a melhor decisão”, declarou.
Givaldo Vieira (PT), por sua vez, revelou que seu desejo pessoal é não apoiar Audifax Barcelos (REDE), nem Sergio Vidigal (PDT), em razão do revezamento no poder que já dura 20 anos. “Mas vou aguardar a direção municipal do partido, porque essa decisão compete ao partido e não a mim”, disse. O deputado federal ainda afirmou que irá se submeter à decisão do partido.
Em Cariacica, Marcos Bruno (REDE) disse que começará a conversar sobre essa questão na terça-feira (4), mas prometeu não se abster. “Seria gesto de irresponsabilidade se ausentar do debate para a cidade. A gente tinha boas propostas para o município. Aquele candidato que se comprometer com o que for melhor, a gente vai avançar e ajudar a cidade a escolher”.
Adilson Avelina (PSB) também está em processo de reflexão. Ele já conversou com Juninho (PPS) e deve se encontrar com Marcelo Santos (PMDb) nesta terça-feira. ” Caso um deles se encaixe dentro das nossas propostas estaremos discutindo com a militância sobre qual o melhor nome. Ouviremos também a Executiva Estadual”.
O PSOL, de André Moreira, em Vitória, e Liu Katrini, em Vila Velha, não declara apoio a candidatos.