Política

Dilma é recebida com vaias em evento da construção em São Paulo

Apesar de assumir que o país passa por um momento de dificuldades, Dilma disse que alguns setores da sociedade vêm exagerando na proporção dos problemas

As vaias teriam sido ouvidas no momento em que a presidente desceu do carro que a conduziu até o local Foto: Clayton de Souza | Estadão Conteúdo

São Paulo – A presidente Dilma Rousseff foi recebida com vaias ao chegar no final da manhã desta terça-feira, 10, ao parque de exposições do Anhembi, na capital paulista. As vaias teriam partido dos expositores do 21º Salão Internacional da Construção. As vaias teriam sido ouvidas no momento em que a presidente desceu do carro que a conduziu até o local. Ela estava acompanhada do ministro das Cidades, Gilberto Kassab, e de representantes empresariais do setor da indústria e comércio de materiais de construção. A feira reúne 2 mil marcas nacionais e internacionais e espera receber 120 mil visitantes até sábado (14).

Apesar de assumir que o país passa por um momento de dificuldades, Dilma disse que alguns setores da sociedade vêm exagerando na proporção dos problemas. “Nem de longe, nós estamos vivendo uma crise nas dimensões que alguns dizem que nós estamos vivendo. Nós passamos por problemas estritamente conjunturais, porque nossos fundamentos, hoje, são sólidos”, ressaltou.

Para superar a crise, a presidenta voltou a defender a necessidade de medidas de ajuste fiscal. “Nós temos que fazer correções e ajustes. Justamente para isso, nós estamos tomando medidas que ajustam as contas públicas. Porque nós absorvemos, no orçamento do governo federal, uma parte importante da crise”, disse, em referência às turbulências enfrentadas pela economia mundial desde 2009. “Isso é o que impede que, sem fazer alguns ajustes, mantenhamos o ritmo anterior de desoneração e subsídio”, acrescentou, para justificar o fim das medidas de incentivo.

A presidenta destacou, entretanto, que os ajustes têm como objetivo permitir que o Brasil volte a crescer. “Mas essas correções e ajustes têm propósitos muito claros. Eles reforçam ainda mais os fundamentos econômicos do país. E constroem novas condições para retomada tanto do crescimento quanto do emprego”, destacou. (Com informações da Agência Brasil)