Política

Dilma se emociona durante entrega do relatório da Comissão da Verdade sobre tortura

Emocionada, a presidente Dilma Rousseff (PT) agradeceu aos integrantes da CNV e à todos que contribuíram com a produção do importante documento

Dilma ficou emocionada Foto: Divulgação

A presidente Dilma Rousseff recebeu nesta manhã (10) o relatório final da CNV (Comissão Nacional da Verdade). Após assinar o documento, Dilma fez discurso emocionado sobre a importância do material e não conteve as lágrimas ao falar do período da ditadura militar.

— Esperamos que o relatório contribua para que fantasmas de um passado doloroso e triste não possam mais se proteger na sombra da omissão.

Durante o discurso, Dilma defendeu que o relatório é fundamental para deixar a democracia brasileira ainda mais forte e destacou que “quem dá voz à história são homens e mulheres livres, que não têm medo de escrevê-la”.

A presidente agradeceu aos integrantes da CNV e à todos que contribuíram com a produção do documento. Dilma, que foi vítima de tortura durante a ditadura, também voltou a enfatizar a importância de falar sobre esse período da história do País dizendo que a “verdade produz consciência, aprendizado, conhecimento e respeito”.

— O Brasil e as novas gerações mereciam a verdade, e, sobretudo, mereciam a verdade aqueles que perderam amigos  e, com essa luta, ajudaram a construir marcos civilizatórios e tornaram a humanidade melhor.

Os membros da comissão trabalharam durante dois anos e sete meses com a contribuição de  familiares e vítimas do regime. O documento, que foi produzido com o objetivo de esclarecer as violações de direitos humanos, apresenta a história de 434 motos e desaparecidos entre os anos de 1946 e 1988, perídio da ditadura militar no Brasil.

Dilma se comprometeu a se “debruçar” sobre as informações apresentadas e levar em considerações as sugestões fornecidas pelos responsáveis pelo relatório. Segundo Dilma, a divulgação deste material no Dia Internacional dos Direitos Humanos  “é um tributo a todas as mulheres e homens do mundo que lutaram pela liberdade e pela democracia e com essa luta, ajudaram a construir marcos civilizatórios e tornaram a humanidade melhor”.

O relatório final da CNV tem 4,4 mil páginas e já está disponível na internet.