A crise econômica brasileira começa a respingar também no orçamento para as eleições municipais de 2016, que têm custo estimado de R$ 750 milhões aos cofres públicos.
Na quinta-feira (19), o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Gilmar Mendes, precisou pedir R$ 250 milhões extras ao Ministério do Planejamento para ter os recursos que garantem a realização do pleito, já que, segundo ele, a quantia repassada foi 30% menor.
O valor adicional requisitado pelo ministro é 30 vezes maior aos gastos do Espírito Santo com as últimas eleições, em 2012. Na época, o Estado gastou R$ 8,3 milhões, sendo R$ 3,4 milhões com gasto de pessoal e R$ 3,2 milhões com custeio, mais as correções do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
Em custeio estão incluídos gastos com oficiais de Justiça, que somaram R$ 52,5 mil; diárias (R$ 589,2 mil); materiais de consumo (440,7 mil); combustível (R$ 84 mil); locação de veículos (R$ 322 mil); passagens aéreas (R$ 115,4 mil); terceirizados (R$ 264,3 mil); vigilância (R$ 155,7 mil); alimentação de mesários (R$ 1,6 milhão); transporte de urnas (R$ 400,7 mil), entre outros.
Procurado pelo Folha Vitória, o Tribunal Regional Eleitoral do Espírito Santo (TRE-ES) afirmou, por meio de sua assessoria de imprensa, que ainda não fez uma projeção de quanto deve gastar neste ano, justamente pelo corte no orçamento do TSE. Em São Paulo, por sua vez, o desembargador Mário Devienne, presidente do TRE, afirmou que não recebeu toda a verba solicitada para arcar com as despesas das eleições municipais no Estado. O valor solicitado foi de R$ 53,6 milhões, mas o recebido foi de R$ 36,7 milhões, o que significa um déficit de 31,6% no montante que foi pedido.