Segundo apurou o Portal R7, documentos revelam que o governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, e a primeira-dama, Helena Witzel, são suspeitos de beneficiar uma empresa que pagava propina para ganhar contratos com o estado.
De acordo com a Procuradoria-Geral da República, Witzel agia “em benefício da organização criminosa” e comandava as ações juntamente com a primeira dama.
O suposto esquema de corrupção envolvendo o governador e a mulher dele teria começado em agosto do passado, quando o escritório de advocacia da primeira dama e um grupo de empresas de saúde, fornecedoras do estado, firmaram um contrato de prestação de serviços e honorários.
O documento divulgado pela revista “Veja” mostra que o acordo previa um pagamento de R$ 15 mil mensais divididos em 36 parcelas, totalizando mais de R$ 500 mil.
Os documentos também mostram que de agosto do ano passado a março deste ano, o escritório de Helena Witzel recebeu da “DPAD serviços diagnósticos”, R$ 120 mil divididos em oito notas fiscais de R$ 15 mil por prestação de serviços jurídicos.
Os documentos foram localizados pela Polícia Federal durante a Operação Favorito, que prendeu uma organização criminosa que pagava propinas para ganhar contratos com o governo do Rio.
Essas provas fizeram a Procuradoria Geral da República identificar um vínculo suspeito entre Helena Witzel e as empresas ligadas ao empresário Mario Peixoto. Os investigadores também acreditam que era o governador do Rio quem comandava o esquema.
Por causa do escândalo, o comitê de especialistas que aconselhava a Secretaria de Saúde, na tomada de decisões no combate à covid-19, deixou o governo. O Tribunal de Contas do Estado suspendeu todos os pagamentos para a organização social que administra os hospitais de campanha do estado, o Iabas, que já recebeu 216 milhões. Até agora, apenas uma das sete unidades, a do Maracanã, foi entregue.
Helena Witzel afirmou que os honorários pagos pela DPAD Serviços Diagnósticos ao escritório de advocacia dela foram declarados no Imposto de Renda.
A defesa de Wilson Witzel encaminhou um pedido ao STJ (Superior Tribunal de Justiça) colocando o governador à disposição para prestar depoimento à Polícia Federal.
* Com informações do Portal R7.com