Nesta segunda-feira (27), o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), durante participação em um seminário, afirmou que as redes sociais têm sido utilizadas para pressionar ou ainda ameaçar as instituições democráticas do país.
Maia condenou as ações e criticou o posicionamento dos usuários nas redes. “Nas redes sociais o que acho grave, e falo com ator nesse processo, é que chegou um momento no ano passado que esse movimento de extrema direita no Brasil entendeu que podia calar o Congresso Nacional e calar o Supremo Tribunal Federal. A minha experiência falando mais pela Câmara, com narrativas onde se tentava transferir responsabilidades para a presidência da Câmara, para minha pessoa, para o parlamento, de temas que não tinham relação com uma democracia. Isso contamina muito o debate. O voto do ministro Fachin na questão das Fake News é importante, defendendo que liberdade é uma coisa, mas não é ilimitada, nenhum grupo pode querer impor a sua posição sobre o parlamento e o STF”, disse.
Ele ainda atribuiu ao presidente da república Jair Bolsonaro a organização de grupos da extrema direita no país e afirmou que já estava “sem voz” em um ambiente de polarização crescente. “A polarização vinha crescendo desde 2013, 2014, do petismo e do antipetismo, em função da agenda. O presidente Bolsonaro conseguiu captar essa mensagem e caminhar no outro extremo. E ele conseguiu organizar um campo na extrema direita que estava sem voz e uma classe média mais conservadora, maioria, que estava insatisfeita”, afirmou.
O presidente da Câmara acredita que, para reverter essa realidade, seja necessário a aprovação de reformas que reduzam as desigualdades no país e fortalecem a democracia.
*Com informações do Portal R7!