Política

Eleição no Senado: Marcos do Val renuncia à candidatura para presidente

Senador do ES foi o primeiro a protocolar candidatura à presidência do Senado, mas retirou o nome do jogo durante a sessão deste sábado

Marcos do Val durante discurso em sessão de eleição do Senado
Marcos do Val durante discurso em sessão de eleição do Senado

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) renunciou à candidatura para a presidência do Senado, na manhã deste sábado (1º), durante a sessão preparatória para a eleição da Mesa Diretora da Casa Alta.

Do Val foi o primeiro a protocolar a candidatura, ainda em dezembro passado, e na última quinta-feira (30), confirmou à coluna De Olho no Poder que seria candidato até o final, afirmando que teria o apoio de 42 senadores. “Mesmo censurado, sigo firme como candidato”, disse, na entrevista.

Ao ser chamado para fazer o discurso por 15 minutos, ainda como candidato, Do Val disse que teve a candidatura prejudicada por conta das medidas cautelares impostas pelo ministro do STF Alexandre de Moraes:

Eu quero oficializar a retirada da minha candidatura, porque eu fui prejudicado por questões da censura e só ontem que a imprensa descobriu que eu existia como candidato. Não fui, de forma democrática, um candidato, então estou retirando porque ficou inviável a possibilidade de uma eleição.

Ele também falou que vem sendo perseguido, calado e censurado pelo Supremo. “Fui submetido a medidas ilegais. Estou sob censura há dois anos”, disse Do Val, que teve as redes sociais bloqueadas por decisão do ministro do STF após supostos ataques do senador à Suprema Corte.

Durante o discurso, ele espalhou pelo chão da Mesa Diretora, diversas folhas de papel que seriam, segundo ele, “todas as violações de direitos” que ele estaria sofrendo.

Do Val foi o penúltimo candidato a falar e a eleição deve ocorrer após o discurso dos candidatos. O candidato Davi Alcolumbre (União-AP), que já foi presidente do Senado, é o favorito para levar a presidência. Além de Alcolumbre, também estão na disputa os senadores: Marcos Pontes (PL-SP), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Eduardo Girão (Novo-CE).

Voto secreto

Antes do discurso dos candidatos, o senador Magno Malta (PL) pediu a palavra e disse que não votaria em Davi Alcolumbre. Justificou que ele e o colega faziam parte de espectros políticos e ideológicos diferentes. Ele, porém, não revelou em quem votaria. A votação para presidência do Senado é secreta.

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Fabiana Tostes
Jornalista graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e acompanha os bastidores da política capixaba desde 2011.