Política

Eleições no Congresso: os candidatos escolhidos pela bancada capixaba

Na Câmara, a maioria dos deputados do Estado vai votar no favorito. No Senado, tem capixaba na disputa pela presidência

Bancada federal capixaba reunida (foto: divulgação)
Bancada federal capixaba reunida (foto: divulgação)

A Câmara dos Deputados e o Senado irão funcionar neste sábado (1º) e não é para visitação de turistas. As duas Casas vão reunir seus membros para eleger os novos presidentes que comandarão o Congresso pelos próximos dois anos.

Os favoritos para a disputa são o deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e o senador Davi Alcolumbre (União-AP). Porém, outros nomes disputam o cargo de presidência, inclusive o capixaba Marcos do Val (Podemos), que disse ter sido o primeiro a oficializar a candidatura à presidência do Senado, ainda em dezembro passado.

À coluna De Olho no Poder, Do Val disse que mantém a candidatura: “Fui o primeiro a oficializar em dezembro de 2024. Mesmo censurado, sigo firme como candidato”, disse Do Val que teve, por ordem do ministro do STF Alexandre de Moraes, as redes sociais suspensas por supostos ataques ao Supremo.

Ele disse que teria o apoio de 42 colegas à sua candidatura. “Os mesmos que subscreveram em minha defesa quanto à perseguição do STF”, disse Do Val, encaminhando uma lista de 41 nomes à coluna de supostos apoiadores.

Marcos Do Val (foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Entre os nomes citados estão o do senador Magno Malta (PL) – que ainda não se manifestou sobre quem apoiará – e dos senadores Marcos Pontes (PL-SP), Soraya Thronicke (Podemos-MS) e Eduardo Girão (Novo-CE), que também são candidatos na mesma disputa.

Ao todo, seis senadores disputam o comando do Senado e os parlamentares capixabas estão divididos com relação à votação, que é secreta, presencial e ocorre às 10 horas deste sábado.

Além de Do Val, que deve votar nele mesmo – se não retirar a candidatura até amanhã para apoiar outro nome –, o senador Fabiano Contarato (PT) já definiu que irá votar em Alcolumbre, que tenta retornar à cadeira de presidente após ter comandado o Senado entre 2019 e 2021.

Alcolumbre, que hoje é o atual presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), já teria o apoio de 10 dos 12 partidos com representação no Senado: PSD, PL, MDB, PT, União Brasil, PP, PSB, Republicanos, PDT e PSDB.

Davi Alcolumbre é o favorito para comandar o Senado

Embora o PL e o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tenham declarado apoio a Alcolumbre, Marcos Pontes se lançou de forma avulsa e o senador Magno Malta (PL) disse, em entrevista ao site “O Antagonista” publicada na noite de quinta-feira (30), que não iria votar em Alcolumbre.

Questionada, a assessoria do senador capixaba disse que ele se pronunciaria apenas hoje (31) sobre seu voto na disputa à presidência do Senado. Até a publicação desta coluna, Malta não tinha se pronunciado.

Câmara dos Deputados

Já na Câmara Federal, a disputa parece estar um pouco mais pacificada. O favorito para presidir a Casa – que contaria com uma frente ampla de partidos o apoiando, do PT de Lula ao PL de Bolsonaro – é o deputado federal Hugo Motta, que é o nome apoiado pelo atual presidente Arthur Lira (PP-AL).

Outros dois deputados tentam marcar posição e vão para a disputa. São eles: Pastor Henrique Vieira (Psol-RJ) e Marcel van Hattem (Novo-RS).

Hugo Motta tem a maioria dos votos dos capixabas

No Estado, a maioria está com Hugo Motta. Questionados pela coluna, os deputados Paulo Foletto (PSB), Gilson Daniel (Podemos), Victor Linhalis (Podemos), Amaro Neto (Republicanos), Josias Da Vitória (PP), Messias Donato (Republicanos), Jack Rocha (PT) e Helder Salomão (PT) declararam apoio ao republicano.

Já os deputados Evair de Melo (PP) e Gilvan da Federal (PL) não retornaram aos contatos da coluna, mas os partidos dos dois – PP e PL – declararam apoio ao candidato de Lira.

Na Câmara Federal, a votação também é secreta, presencial e está marcada para as 16 horas de amanhã.

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Fabiana Tostes
Jornalista graduada pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) e acompanha os bastidores da política capixaba desde 2011.