A Câmara dos Deputados rejeitou a PEC do voto impresso, na noite deste terça-feira (10). Apesar da maioria dos presentes ter se mostrado favorável à proposta, era preciso o apoio de três quintos dos deputados, o correspondente a 308 votos favoráveis.
Entretanto, o texto elaborado pela deputada Bia Kicis (PSL-DF) teve o apoio de apenas 229 deputados. Outros 218 deputados votaram contra, e um parlamentar se absteve. Ao todo, 448 votos foram computados. Com o resultado, a PEC será arquivada.
A votação foi concluída por volta das 22 horas. Durante a sessão, deputados bolsonaristas tentaram, sem sucesso, adiar o debate na busca de reverter o resultado.
A adoção do voto impresso, bandeira do presidente Jair Bolsonaro, já havia sido reprovada na comissão especial da Câmara na quinta-feira (5), por 23 a 11 votos, mas foi encaminhada ao plenário pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).
Ao chegar ao Congresso nesta terça, Lira disse que Bolsonaro se comprometeu a aceitar o resultado da votação na Câmara dos Deputados.
Apesar de ter sido incluída na pauta de votação, havia a possibilidade de que a matéria fosse adiada pelo presidente da Câmara em virtude do desfile com veículos militares blindados realizado na manhã de hoje, na Esplanada dos Ministérios. O desfile militar foi recebido por deputados e senadores como uma tentativa de intimidar os congressistas.
O texto original da PEC, de autoria da deputada Bia Kicis (PSL-DF), previa a impressão de cédulas físicas conferíveis pelo eleitor independentemente do meio empregado para o registro dos votos em eleições, plebiscitos e referendos. As urnas eletrônicas teriam um dispositivo para imprimir o voto em papel.
Com informações do Portal R7