Política

Em meio a protestos, vereadores aprovam reajuste de 6,5% para professores de Vila Velha

Os professores afirmaram que o reajuste não repõe as perdas salariais; rejeitaram a proposta e prometeram deflagrar greve no próximo dia 21 de julho

Professores protestaram durante votação Foto: ​Sindiupes

Os professores da rede municipal de Vila Velha protestaram em frente à Câmara Municipal do município durante a sessão extraordinária desta terça-feira (9). No plenário da Casa, os vereadores votaram a proposta que reverteu duas gratificações e aprovaram o reajuste de 6,53% oferecido pelo prefeito Rodney Miranda (DEM).

No entanto, os professores afirmaram que o reajuste não repõe as perdas salariais; rejeitaram a proposta e prometeram deflagrar greve no próximo dia 21 de julho. 

A categoria pleiteia reajuste salarial de 13,99%, que contempla a reposição das perdas inflacionárias; e tíquete-alimentação. Segundo o diretor municipal do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo ( Sindiupes), João Paulo, os profissionais gostariam de receber além do reajuste, a gratificação. 

“Não aceitamos esse reajuste oferecido. Eles retiraram a gratificação que era concedida aos professores que trabalham em Terra Vermelha e aos professores alfabetizadores. Como desculpa, dizem que essa retirada será benéfica. A categoria entende que, se a intenção era equacionar, garantir direitos iguais aos professores, o reajuste deveria ser superior ao oferecido”, afirmou.

Segundo o diretor, os professores pretendem acionar o Ministério Público (MP) para revisar decretos publicados pelo município no dia 29 de junho. “Na tarde desta quinta o jurídico do sindicato vai procurar o MP. Vamos questionar várias questões. Entendemos que alguns decretos são inconstitucionais. Através deles, houve redução no número de professores e coordenadores. Retiraram um decreto relacionando aos seis dias de descanso concedido aos professores. Não estamos satisfeitos com a atual situação”, disse. 

O subsecretário da pasta pedagógica do município, João Roberto Martins, rebateu as críticas e explicou que a proposta votada e aprovada representa um ganho para os profissionais. 

“Essa gratificação não era dada igualmente. Esse reajuste atual vai contemplar toda a categoria. Todos receberam a mesma coisa. Esse valor também será incorporado a aposentadoria, coisa que não acontece com o benefício. Algumas justificativas para o recebimento da gratificação não se sustentam hoje. A questão da mobilidade, por exemplo. Hoje é um problema resolvido. O professores alfabetizadores também. Estudos comprovam que as melhorias nos rendimentos dos alunos até o terceiro ano não estão ligadas a gratificação. Então, são argumentos que não se sustentam”, explicou.