Política

Em Vitória, ministro descarta racionamento e prevê investimentos de R$ 30 bilhões no setor energético

“Muito se falou que o Brasil poderia viver um racionamento, uma crise de geração de energia, mas só esse ano nosso setor deverá assinar mais de R$ 30 bilhões em investimentos", apontou

Ministro de Minas e Energia participou da Conferência da Unale como palestrante Foto: Divulgação/Assembleia

Palestrante no último dia da 19ª Conferência da União Nacional de Legisladores e Legislativos (Unale), o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga, destacou durante palestra que as perspectivas para o setor energético em 2016 é boa graças aos investimentos.

O ministro Eduardo Braga não ignorou a crise, mas destacou que estão previstos investimentos na ordem de R$ 30 bilhões em 2016. 

“Muito se falou que o Brasil poderia viver um racionamento, uma crise de geração de energia, mas só esse ano nosso setor deverá assinar mais de R$ 30 bilhões em investimentos. O Brasil se prepara para poder dar grandes saltos na área de eletricidade. Eletricidade é algo que a gente só reclama quando falta. Mas para não faltar energia, é preciso ter planejamento de longo prazo”, assinalou. 

Ele falou sobre a crise hídrica que atingiu o país e que também respingou no Espírito Santo.

“O Brasil vai cumprir a meta do milênio na redução da poluição, na redução do desmatamento. No documento que levaremos para Paris, mostraremos que houve uma redução nessa emissão. Mas o aquecimento global influenciou no ritmo hidrológico que também impactou o Espírito Santo”, considerou o ministro.

Outro palestrante do dia foi o ex-governador do Rio Grande do Sul Germano Rigotto (PMDB) que acredita que o pacote de ajuste fiscal do governo federal é duro, mas necessário. “O segundo semestre será mais difícil. E isso vai bater nas assembleias legislativas, porque as questões vão para o poder legislativo pedindo socorro”, afirmou. 

E, preocupado, disse ainda: “Não estamos exportando como deveríamos exportar e estamos vivendo um processo de desindustrialização”. Ele explicou que é necessário que o país invista na indústria para agregar valor às matérias-primas presentes no Brasil: 

“É bom que a gente exporte alimentos? É bom. É bom que a gente exporte minérios? É bom. É bom ser um país que passa por um processo de desindustrialização? É péssimo!”, concluiu. 

E foi no final do evento que o deputado estadual capixaba Sandro Locutor (PPS) foi eleito para comandar a Unale no próximo ano. Ele substitui o gaúcho Alexandre Postal (PMDB) e é o primeiro capixaba a assumir tal posto.