No clima de polarização política do Brasil, aflorado com o impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT) e com a posse do então interino Michel Temer (PMDB) nesta quarta-feira (31), líderes partidários e entidades têm se posicionado.
José Carlos Bergamini, presidente da Federação do Comércio do Espírito Santo (Fecomércio), disse que o governo de Dilma se inviabilizou. “Na medida em que temos muitos anos pela frente, esse governo inviabilizado tornava muito difícil a nossa vida e a vida da sociedade”, afirmou.
Marcos Guerra, presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), afirmou que a cassação do mandato de Dilma não o surpreendeu.
“Todos nós já esperávamos por isso. o presidente em exercício preparou uma agenda para o Brasil para os próximos dois anos, inclusive uma agenda boa. Se Dilma retorna automaticamente essa agenda ia ser totalmente desfeita”, opinou.
Reação do PT
Ernani Pereira, secretário de Comunicação da Central Única dos Trabalhadores no Espírito Santo (CUT-ES), acredita que a classe trabalhadora está em risco. “Ela é uma mulher honesta [Dilma] que procurou desenvolver suas funções sem ceder a algum tipo de chantagem”.
O presidente do PT no Espírito Santo, Genivaldo Lievori, classificou o impeachment como golpe de Estado. “Golpe arquitetato por traidores, conspiradores com grandes interesses da oligarquia empresarial nacional. O golpe foi para proteger os verdadeiros corruptos que sempre usaram e abusaram dos recursos públicos do nosso país”, disse Genivaldo.
Lievori também afirmou que o golpe não foi contra Dilma ou o PT, mas contra a democracia e os direitos sociais conquistados ao longo dos últimos anos. “O PT vai tomar todas as providências de envolvimento e mobilização para denunciar esse golpe, principalmente agora nas eleições”.
Governo
O Governo do Estado do Espírito Santo, por meio do governador em exercício César Colnago (PSDB), não quis manifestar.