Política

Entenda o que é a 'rachadinha', crime do qual Fabrício Queiroz é suspeito

O ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz, foi preso nesta quinta-feira (18) em Atibaia, no interior de São Paulo.

Foto: Reprodução de TV

A rachadinha, suspeita pela qual Fabrício Queiroz, ex-assessor do senador Flávio Bolsonaro, foi preso na manhã desta quinta-feira (18) é um crime relativamente novo para a população brasileira, embora especialistas e investigadores já o conheçam há anos.

O crime consiste no repasse, por parte de servidores públicos ou um funcionário terceirizado de governos federal, estadual ou municipal, de parte do salário ou da remuneração para políticos e assessores parlamentares.

No caso do gabinete do então deputado Flávio Bolsonaro, as filhas e a mulher de Fabrício Queiroz repassaram quase 60% do valor total arrecadado por ele entre 2007 e 2018. O Ministério Público identificou que dos mais de 2 milhões de reais recebidos por Queiroz no esquema da “rachadinha”, 1,2 milhão de reais tiveram como origem os valores depositados por Márcia Oliveira de Aguiar, esposa, e suas filhas Evelyn e Nathália Melo de Queiroz.

As três fazem parte de um grupo de treze “funcionários fantasmas” que jamais apareciam no gabinete de Flávio e “emprestavam seu nome e suas contas bancárias para permitir o desvio de recursos públicos”, segundo as investigações. O Ministério Público identificou que este grupo fez 483 repasses para a conta de Queiroz. Segundo o documento, a predominância de 69% dos créditos serem em dinheiro vivo teve como propósito a tentativa de não deixar rastros no sistema financeiro.

O MP mostrou que nem a esposa nem as filhas de Queiroz jamais tiraram o crachá funcional para trabalhar na Assembleia Legislativa do Rio. Márcia, por exemplo, era cabeleireira. Já Nathália, nomeada aos 18 anos, é personal trainer, e trabalhou em três academias no tempo em que deveria dar expediente no gabinete de Flávio – repassou R$ 633 mil para a conta do pai. 

Com informações do Portal R7