Voz embargada, lágrimas quase brotando dos olhos. O discurso do presidente reeleito da Assembleia, Erick Musso (Republicanos), teve um momento de desabafo. Ele se disse atacado e falou do silêncio que manteve desde o episódio da antecipação da eleição da Mesa Diretora da Casa em 2019. Na ocasião, ele conseguiu se reeleger com maioria dos deputados em uma manobra que teve repercussão negativa e foi recriminada pelo governador Renato Casagrande (PSB) e pelos eleitores. O atual presidente da Assembleia falou em “massacre” da opinião pública.
“Um jovem que aos 33 anos chega pela terceira vez à presidência da Assembleia Legislativa do Espírito Santo. Já tendo disputado quatro eleições. Obrigado por acreditarem em mim. Foram 446 dias de massacre, de desconfiança, de ataques, de quererem jogar todos na vala comum. Foram 446 dias de silêncio. E Deus e vocês vão me dar a oportunidade de concluir, na história o Espírito Santo, o terceiro mandato como presidente”, disse Erick.
O presidente da Assembleia não comentou o caso da antecipação da eleição da mesa em mais de 450 dias. Depois da repercussão negativa, ele desistiu da manobra e recuou, deixando para esta segunda a nova eleição. E mostrou maturidade política elogiada pelo colega Eustáquio de Freitas (PSB), que fez questão de justificar o voto na chapa única, em sua volta à Assembleia, elogiando a postura política de Erick.
“Fiquei impressionado com o poder de articulação política demonstrado pelo presidente Erick Musso. Mostrou maturidade e como ele desempenhou bem as funções políticas junto ao governador Casagrande”, disse Freitas.