Apesar das dificuldades enfrentadas no início do último ano, o Governo do Estado confirmou nesta terça-feira (30) uma notícia até certo ponto esperada: que o Espírito Santo fechou 2017 com as contas no azul, com um superávit de R$ 331 milhões, além de manter a despesa com pessoal dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).
A informação foi repassada pelo secretário da Fazenda, Bruno Funchal, durante coletiva que contou também com a participação do subsecretário do Tesouro Estadual, Gustavo Lisboa Cruz, e o contador geral do Estado, Bruno Pires.
De acordo com Funchal, o aumento das rendas do petróleo e o crescimento da receita tributária, especialmente no segundo semestre de 2017, tiveram uma enorme importância nesses resultados: “Fechamos 2017 com as contas em ordem, despesa de pessoal controlada e baixo nível de endividamento”, frisou.
A melhora no cenário econômico já podia ser vista no fim do ano passado através de algumas ações do governador Paulo Hartung (MDB), que encaminhou à Assembleia um orçamento maior para 2018, anunciu concursos para as áreas de educação e segurança pública e ofertou abono aos servidores.
Previdência
Um dos pontos negativos durante o ano, segundo Funchal, foi o aporte necessário para manter as contas da previdência em dia: R$ 1.788 bilhão, 14,66% a mais do que foi realizado no ano anterior. “A previdência preocupa o Brasil como um todo. Temos um debate frequente sobre isso na União. Esse debate é importante e acaba refletindo nos estados. O Espírito Santo tem essa preocupação, afinal cresceu 14% de um ano para outro o aporte na previdência. E, se for para colocar uma bandeira de prioridade, essa é uma prioridade a ser discutida”.
Resultados
O resultado primário, que desconsidera as receitas e as despesas financeiras, como por exemplo, as receitas de operação de crédito e as despesas com serviço da dívida, também apresentou superávit em 2017 de R$ 512 milhões, uma evolução de 62% em relação ao ano anterior.
“Esses resultados nos permitiram o aumento de investimentos com recursos próprios, na ordem de 30%, e ainda possibilitou conceder o abono aos servidores”, ressaltou o secretário.
O investimento com recursos próprios saltou de R$ 126 milhões, em 2016, para R$ 165 milhões em 2017. Já o total investido, consideradas todas as fontes de recursos, subiu de R$ 581 milhões para R$ 670 milhões.