O ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Mauro Cid, assinou um acordo de delação premiada com a Polícia Federal. O documento ainda deve ser homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
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Na semana passada, Cid prestou um novo depoimento para a PF durante o inquérito que investiga a conduta do hacker Walter Delgatti Neto na invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos falsos, entre eles alvarás de soltura, no Banco Nacional de Mandados de Prisão.
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Preso desde 3 de maio, Cid está sendo investigado pela participação no esquema de fraude em cartões de vacinação e em uma tentativa de golpe de Estado.
O tenente-coronel do Exército também é investigado no caso das joias estrangeiras dadas ao ex-presidente e à ex-primeira dama, Michelle Bolsonaro, e no caso dos atos de 8 de janeiro.
Desde o início das investigações, Cid já prestou pelo menos seis depoimentos. As informações são do Portal R7, que procurou o advogado de Cid, mas não teve retorno.
O que é a delação premiada?
A delação é um tipo de acordo que suspeitos podem fazer para conseguir a redução, a extinção da pena ou o perdão judicial, mas para isso, eles precisam entregar informações sobre o crime que contribuam para a investigação.
A delação premiada só pode ocorrer quando o investigado fornece informações determinantes para a solução de um crime ou para o esclarecimento de fatos. Para estimular os depoimentos, o delator ganha um “prêmio”, ou seja, um benefício.
Segundo o Ministério Público Federal (MPF), quando acontece uma atuação de natureza colaborativa perante autoridade policial, a primeira providência é a imediata imposição de sigilo sobre o procedimento e então a submissão à intervenção do Ministério Público para acompanhar as revelações do colaborador.
* Com informações do Portal R7.