As testemunhas de defesa do ex-diretor de empreendimentos da Petrobras em Vitória Celso Araripe começarão a ser ouvidas pelo juiz Sérgio Moro a partir da próxima semana. O ex-funcionário da estatal teve sua prisão revogada nesta sexta-feira (11) depois que a pena de prisão foi substituída por medidas alternativas.
O advogado de Araripe, Antônio Carlos Fonseca, explicou que serão apresentadas sete testemunhas de defesa do ex-diretor. Elas serão ouvidas no Paraná.
“A participação de Celso foi regular e as testemunhas vão mostrar isso”, afirmou Fonseca.
Araripe foi acusado pelo Ministério Público Federal de ter recebido R$ 3 milhões em propina para facilitar a aprovação de aditivos aos contratos de construção do prédio sede da Petrobras, na Reta da Penha, em Vitória.
O ex-diretor da Petrobras assumiu o compromisso de comparecer a todos os ritos processuais dos quais for convocado, não poderá mudar de residência sem o prévio aviso às autoridades judiciais. Por fim, ele não poderá sair do país, tendo entregue o seu passaporte ao juiz Sérgio Moro.
Uma das providências do juiz Moro foi enviar um ofício à Superintendência da Polícia Federal sinalizando a determinação de que Celso Araripe está proibido de deixar o país.
Celso Araripe passou um mês e uma semana preso no Complexo Médico Penal, em Pinhais, região metropolitana de Curitiba. Ele foi preso durante a deflagração da 17ª fase da operação Lava Jato. Mas seu advogado afirma que foi uma coincidência, já que ele estaria respondendo por ações referentes à 14ª fase da mesma operação.
O advogado Antônio Carlos Fonseca explicou que um incidente processual ainda não foi apreciado. A defesa de Celso Araripe alega que há exceção de incompetência, ou seja, o juiz Sérgio Moro não deveria atuar na questão, específica, de Celso porque o ex-funcionário da Petrobras realizou uma operação particular de compra e venda de imóvel.
Caso a exceção de incompetência seja acatada, o caso poderá ser julgado por um magistrado da 2ª região, que compreende os estados do Espírito Santo e Rio de Janeiro.