Durante a audiência pública que ouviu depoimentos de ex-homossexuais na Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, na última quarta-feira (24), o pastor e escritor Joide Pinto Miranda começou e terminou a sua exposição com a frase “nós existimos”. Ele aproveitou o momento e mostrou um cartaz com uma foto de sua fase de travesti e outro mostrando a sua atual família.
De acordo com Miranda, a experiência vivida por ele pode provar que ninguém nasce gay. “É uma conduta que pode ser desaprendida”, destacou o pastor e escritor.
A maioria das pessoas que falaram atribuiu a mudança na sexualidade a Deus. Com uma plateia formada por parlamentares evangélicos, eles disseram que apenas na igreja encontraram o amparo necessário para superar os traumas que os levaram a ter relações com pessoas do mesmo sexo.
Segundo informações do Estadão, alguns criticaram o Conselho Federal de Psicologia. Isso porque ele proíbe que se trate a homossexualidade como doença e que os psicólogos ofereçam a “cura gay”.
Todos os que se apresentaram durante a audiência afirmaram que foram vítimas de abuso e que a violência foi a principal razão para continuar as práticas homossexuais. Eles afirmam que “nunca foram” e “nem nasceram”, mas sim “estavam gays”.
Miranda contou que sofreu abuso aos seis anos de idade e apontou também a influência da ausência paterna. “Hoje sofro preconceito quando digo que sou ex-gay. Na verdade nunca fui gay, nasci heterossexual, mas a vida me levou para esse caminho”, disse.
O pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), que fez o requerimento para a audiência pública, disse que toda a sociedade precisava assistir os depoimentos e pediu para que os deputados procurassem o vídeo e gravassem 5 mil cópias em DVD de “alta resolução para esparramarem pelo país”.
Com informações do Estadão