Arrolado como testemunha, o ex-gerente de Empreendimentos da Petrobras no Espírito Santo, Celso Araripe D’Oliveira, se apresentou ao juiz Sérgio Moro nesta terça-feira (7), no Tribunal Regional Federal do Paraná. Em depoimento, Araripe negou ter conhecimento do recebimento de propina pelo ex-diretor de Serviços da empresa Renato Duque, preso na Operação Lava Jato.
Durante o depoimento, ele respondeu a perguntas do advogado do ex-diretor Renato Duque, Alexandre Lopes, e também do juiz Sérgio Moro, que conduz a ação penal na Justiça do Paraná.
O engenheiro mecânico trabalhou no Espírito Santo até 2013, quando atuou como gerente de empreendimentos, durante as obras de construção da sede da Petrobras na Reta da Penha, em Vitória. Em seguida, foi transferido para o cargo de gerente geral no Rio de Janeiro.
O depoimento durou pouco mais de seis minutos. Araripe explicou que atuou na contratação de Cabiúnas III, referente ao Consórcio SPS. Disse ainda que no cargo de gerente de empreendimento atuava como autoridade superior da Comissão de Licitação.
Diferente de outros depoentes que responderam de forma virtual, Araripe esteve presente na audiência.
Araripe também negou que Renato Duque tivesse exercido qualquer ingerência para beneficiar empresas vencedoras de licitações, ou para prejudicar outras empresas.
O engenheiro também foi questionado pelo juiz Sérgio Moro. Ele perguntou sobre o recebimento de propina por parte de Renato Duque, o que foi negado. Celso Araripe negou também conhecer João Vaccari Neto, Augusto Mendonça, Márcio Frederico Goés e Júlio Gerim Camargo, todos investigados na Operação Lava Jato.