A Polícia Federal prendeu o empresário Mário Peixoto e o ex-presidente da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj) Paulo Melo na manhã desta quinta-feira (14). Foi durante a Operação Favorito, desdobramento da Lava Jato no Rio. Segundo a Federal, a ação investiga um grupo capitaneado por empresários que, por meio de pagamento de vantagens indevidas à conselheiros do Tribunal de Contas carioca, deputados estaduais e agentes públicos, se tornou um dos principais fornecedores de mão de obra terceirizada para o governo do Rio e órgãos relacionados.
De acordo com a PF, a operação recebeu este nome porque Mário Peixoto seria o favorito para ganhar as licitações do governo do estado. Os cinco mandados de prisão preventiva foram cumpridos até as 9h30. A ação, que também conta com Ministério Público Federal, cumpre 42 mandados de busca e apreensão no Rio e em Minas Gerais. O grupo é acusado de praticar lavagem de dinheiro, organização criminosa, corrupção, peculato e evasão de divisas.
Segundo as investigações, o grupo atua há dez anos e, recentemente, usou a situação de calamidade ocasionada pela pandemia de coronavírus para obter contratos milionários de forma ilícita.
O grupo expandiu os negócios com contratações públicas realizadas por meio de inúmeras empresas, incluindo cooperativas de trabalho e Organizações Sociais (OSs), boa parte em nome de intermediários, o que permitia a lavagem de dinheiro público desviado e o disfarce dos valores repassados para agentes públicos envolvidos no esquema.
Ainda de acordo com as investigações, também havia lavagem de recursos no exterior, com a abertura de empresas e contas não declaradas à Receita Federal, assim como compra de imóveis em Miami. Os agentes fazem ações de cooperação jurídica internacional para mapear o caminho dos recursos.
Com informações do Portal R7