O senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES) disse que, diante da aceitação pelo presidente da Câmara dos Deputados do pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidente Dilma Roussef, o Congresso Nacional não tem outra saída senão autoconvocar-se para continuar trabalhando durante o recesso parlamentar de janeiro.
Ele explicou que, agora, a Câmara dos Deputados precisa instalar uma comissão processante para analisar o pedido de impeachment e apurar as razões ali apontadas. E, em sua opinião, não faz sentido instalar a comissão e só começar a trabalhar 40, 50 dias depois, quando terminar o recesso parlamentar. Ferraço admite, no entanto, um pequeno recesso para as festas do final do ano.
Segundo o senador, o Congresso não pode agir como se nada estivesse acontecendo e precisa estar mobilizado porque o pedido de impeachment é um fato que tem impacto na economia do país, no mercado internacional e, principalmente, na vida dos brasileiros mais desprotegidos, que necessitam do governo em pleno funcionamento.
“De minha parte, acho que não faz sentido o Congresso entrar de recesso. Pegará mal demais. Esta não é uma situação qualquer, esta é uma circunstância que exige a mobilização do Congresso. Acho que é o momento de sinalizarmos para a população que nós estamos no nosso local de trabalho. Somos remunerados para isso. E nessa circunstância, sobretudo, é aqui que nós precisamos estar”, afirmou o senador.
Em aparte, o senador Waldemir Moka (PMDB-MS) manifestou apoio à proposta de Ferraço e ainda lembrou que a autoconvocação do Congresso não tem custo nenhum a mais para os cofres públicos. Para o senador, é fundamental que o Senado esteja acompanhando de perto o processo na Câmara e fazendo intervenções para ajudar o país a superar logo esta crise, caso seja necessário.
mos estar”, sublinhou.