Os senadores Magno Malta (PR) e Ricardo Ferraço (PMDB) criticaram a proposta do Governo Federal de reduzir a meta fiscal. A proposta foi aprovada em sessão que foi interrompida pelo anúncio de que o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), teria acatado o pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT).
Da tribuna, o senador Magno Malta afirmou que o país atravessa, além de uma crise política, uma crise moral e que é necessário retirar o tumor existente no governo.
“Ajuste de metas fiscais sem legitimidade não traz resultado. É preciso expurgar o tumor. Vivemos uma violência com uma crise moral que tira a credibilidade do Governo Federal. O povo do Brasil não pode pagar pelo ilusionismo da turma da Dilma”.
Para o senador Ricardo Ferraço, o governo burlou a Lei de Responsabilidade Fiscal e quer que o Congresso seja conivente com esse quadro.
“Não é de hoje que o governo vem desmontando a Lei de Responsabilidade Fiscal. Ao longo dos últimos anos podemos ver o governo utilizar da contabilidade criativa, das pedaladas fiscais e de um crescimento descontrolado dos restos a pagar. Descumpriu as metas em 2014 e neste ano e tudo indica reincidirá no erro também em 2016. Agora, o governo chamou os parlamentares do Congresso para serem coniventes com esse retrocesso institucional. Meu voto foi contra porque o governo não merece a nossa confiança. Aprovar o reajuste da meta seria fazer vista grossa para a desorganização deste governo e negar os princípios da boa gestão e a situação grave que atravessamos”, assinalou o parlamentar capixaba.