O senador Flávio Bolsonaro publicou no fim da tarde de terça-feira (18), em uma rede social, um vídeo com o suposto corpo do ex-capitão do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), Adriano Magalhães da Nóbrega, morto na semana passada em Esplanada, no interior da Bahia.
Na publicação, Flávio Bolsonaro afirma que o corpo de Adriano tinha indícios de tortura, versão descartada pela necrópsia oficial e pede
‘Perícia da Bahia (governo PT) diz não ser possível afirmar se Adriano foi torturado. Foram 7 costelas quebradas, coronhada na cabeça, queimadura com ferro quente no peito, dois tiros à queima-roupa (um na garganta de baixo para cima e outro no tórax, que perdurou coração e pulmões) e as costas desse jeito aí que estão vendo no vídeo’, publicou.
Em seguida, Flávio pediu desculpas aos seguidores, mas afirmou que era preciso fazer a divulgação para que não houvesse dúvidas sobre a morte do ex-capitão.
‘Desculpas aos mais sensíveis, mas a postagem do vídeo é necessária para que não haja dúvidas de que ele foi torturado e assassinado, como queima de arquivo. E parte da imprensa está querendo botar na nossa conta. Uma semana antes do assassinato, a esposa de Adriano foi à imprensa denunciar que seu marido poderia ser morto a mando do governador do Rio. O caso é muito sério e tem que ser investigado até as últimas consequências.
O Instituto Médico-Legal (IML) da Bahia e do Rio de Janeiro ainda não confirmaram a veracidade do vídeo. Não é possível confirmar, até o momento, que o cadáver exibido pelo senador se trata do ex-capitão do BOPE.
O caso
O miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega foi morto por dois tiros de fuzil, disparados a, no mínimo, um metro e meio de distância, e chegou ao Instituto Médico-Legal de Alagoinhas, a pouco mais de 135 quilômetros de distância de Salvador, com os dois pulmões destruídos e o coração dilacerado. Os detalhes foram divulgados na tarde de ontem, na sede do Departamento de Polícia Técnica (DPT), em Salvador.
Leia Também
>> Miliciano Adriano Magalhães da Nóbrega foi baleado a pelo menos 1,5 m
>> Promotor diz que escudo baleado é indício de resistência do capitão Adriano na BA
>> MP-BA pede ao IML-RJ que corpo de Adriano seja conservado para nova perícia