Política

"Flexibilização das regras trabalhistas pode ser benéfica para o mercado", diz Felipe Rigoni durante encontro Folha Business

Medida Provisória 1045, também chamada de minirreforma trabalhista, foi aprovada na Câmara dos Deputados, no dia 10 de agosto

Foto: Reprodução

O deputado federal Felipe Rigoni (PSB) defendeu a Medida Provisória 1045, também chamada de minirreforma trabalhista, aprovada na Câmara dos Deputados, no dia 10 de agosto. 

Em entrevista durante o 4° encontro Folha Business, o deputado federal afirmou que a MP promove uma flexibilização que pode ser benéfica para o mercado de trabalho, em especial “neste momento de retomada econômica”. 

“Eu não acredito que a gente tenha que obrigar as empresas a fazerem a contratação de um certo jeito. Eu acho que o governo tem sim que proteger as pessoas, os trabalhadores, mas de uma forma exógena, ou seja, dando benefícios, seguros e renda para que possam ter dignidade”, defendeu. 

NÃO AO VOTO IMPRESSO

O deputado esclareceu que votou contra o voto impresso, mas que, por problemas técnicos, seu posicionamento não foi computado. “Houve um probema no sistema na hora, ele ficou lento e eu registrei o meu voto pelo microfone, por isso foi computado posteriormente e não na hora da votação de fato”, explicou. 

Como no sistema aparecia que o parlamentar não tinha votado, ele foi questionado por vários eleitores sobre o que teria ocorrido. 

VOLTA DAS COLIGAÇÕES

Felipe Rigoni ainda criticou a aprovação da volta das coligações. Ele classificou o sistema eleitoral como retrógrado, que contribui para a fragmentação e piora da política brasileira. 

“O Brasil nunca passou duas eleições gerais com o mesmo sistema eleitoral. Nunca. Desde que teve a redemocratização. Porque sempre que tem eleição os eleitos estão insatisfeitos com o modelo porque eles querem se reeleger e, por isso, tentam mudar. Vamos lutar para que o Senado não deixe isso acontecer”. 

Os deputados federais aprovaram, nessa semana, a PEC que resgata as coligações. Rejeitaram, entretando, o “distritão”, que prevê a eleições somente dos candidatos mais votados, sem proporcionalidade dos votos recebidos pelas legendas.

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INDEPENDÊNCIA DO BANCO CENTRAL

Durante o 4° Folha Business o parlamentar teceu elogios ao presidente do Banco Central, Roberto Campos, que também participou do evento. 

“É um dos melhores que o Banco Central já teve. Ele está fazendo um projeto maravilhoso, que é o Open Banking, que vai democratizar os dados bancários das pessoas para que a gente tenha melhores serviços, mais bancos, mais competição e mais financimento para a economia real”.

Ainda defendeu a independência da instituição para o crescimento sustentável do Brasil. “A gente conseguiu aprovar a independencia do Banco Central em fevereiro deste ano. Foi uma conquista muito importante. Tendo a independência vai ser excelente para a taxa de juros, inflação e macroeconomia do nosso País”, opinou.