Política

General Augusto Heleno diz que situação na Venezuela é grave, mas que Brasil 'não vai intervir'

Segundo o ministro, o governo brasileiro seguirá o preceito constitucional de não intervir em conflitos internos de países amigos

Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil

O ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência (GSI), general Augusto Heleno, disse nessa terça-feira (30) que, apesar da situação da Venezuela ter se agravado, o governo brasileiro seguirá o preceito constitucional de não intervir em conflitos internos de países amigos.

“Tivemos o agravamento da situação, na minha opinião, quando lançaram blindados em cima da população à pé, o que é bastante violento (…) Há o preceito constitucional e o Brasil vai manter, de não interferir em assuntos internos de países amigos. Eles sabem que não vamos intervir militarmente”, disse o general.

Heleno disse ainda que o Brasil irá manter a sua posição, de apoio a Guaidó e acompanhando os acontencimentos do país vizinho.

“A posição do governo não vai se modificar. Desde o início o Brasil tem adotado uma postura bastante prudente e cuidadosa, tomando a posição correta de apoiar o presidente Guaidó. E vai seguir nessa posição acompanhando os acontecimentos e levantando hipóteses para o futuro. Duas são muito claras: permanecer o Maduro ou entrar o Guaidó, numa outra situação política e social. Mas essas duas estão bastante claras, as outras hipóteses as variáveis são difíceis. As Forças Armadas até agora estão apoiando Maduro. Caso o Guaidó vença essa queda de braço, como ficará a situação das Forças Armadas? Vão ser anistiados, aproveitados, vão para a reserva? Não podemos nos aprofundar, porque são coisas internas do País. Temos uma relação muito próxima com Venezuela que ficaram com estremecidas com regime Maduro, mas a aproximação é uma hipótese viável se Guaidó for o vencedor”, afirmou.