Nesta quinta-feira (06), uma apresentação feita pela equipe de transição do governador eleito Paulo Hartung para a imprensa sobre as informações do endividamento do Estado, apontou que o atual governo deixará de herança uma dívida de R$ 7 bilhões para o próximo governo. Segundo o coordenador da equipe de Hartung, Haroldo Rocha, em 2010 o Estado tinha uma dívida de R$ 4,6 bilhões.
A dívida pública consolidada corresponde ao endividamento com bancos estrangeiros, e governo federal. De acordo com Haroldo Rocha essa dívida foi duplicada e o Estado perdeu a capacidade de investir com recursos próprios. Em 2010, o Estado tinha R$1,7 bilhões para investir em obras, sem precisar de empréstimo. Este ano só tem R$ 700 milhões. A capacidade de investimento teria caído em R$ 1 bilhão.
“A dívida contraída em um governo vai ser paga nos governos subsequentes. Independente de ser uma divida boa ou ruim, vira uma despesa para os anos seguintes”, comentou Rocha.
O coordenador ainda falou que o Estado ficou dependente de financiamento para fazer investimento. Até agora a equipe ainda não recebeu do governo atual informações das dívidas de curto prazo. “A gente só vai saber o que está acontecendo mais no final do ano, mas as informações não estão chegando. A nossa transição não esta sendo uma transição republicana”.
A equipe de Hartung demonstrou que está mesmo preocupada é com o orçamento de 2015. “Nossa expectativa é de como vai fechar o orçamento, e se vai ficar dívida desse ano para ano que vem, dívidas de curto prazo”, destacou Haroldo.
O coordenador da equipe de transição do governador Renato Casagrande, Guilherme Ribeiro, negou que a dívida do Estado tenha dobrado. “O Espírito Santo é o quarto Estado menos endividado do país” garantiu.
A próxima reunião acontece dia 11 e vai tratar do plano de combate à dengue e os programas da Secretaria de Saúde.