Teve início, por volta das 14 horas desta quinta-feira (09), a nova reunião de negociação que pode pôr fim à crise na segurança pública. A expectativa é de que o governo apresente uma contraproposta aos familiares dos policiais militares.
Durante reunião na noite de quarta-feira (8), as lideranças do movimento solicitaram a anistia geral para todos policiais, já que são proibidos de fazer greve, e 100% de aumento para toda a categoria.
De acordo com a Associação de Cabos e Soldados da Polícia Militar e Bombeiro Militar do Estado do Espírito Santo (ACS), o salário base de um policial no estado é R$ 2,6 mil, enquanto a média nacional chega a R$ 4 mil.
O governo decidiu analisar o pedido e apresentar uma definição nesta quinta. “Ficamos de analisar essa proposta para ver o que podemos efetivamente fazer para que a discussão avance”, disse o secretário de Direitos Humanos, Julio Pompeu.
Se a negociação fluir e as lideranças aceitarem a contraposta, os policiais podem retornar às ruas. A crise na segurança pública já dura há seis dias. Familiares e amigos dos policiais militares impedem a saída de viaturas dos Batalhões no Espírito Santo. As manifestações começaram na sexta-feira (3), quando parentes de militares se reuniram em frente ao 6º Batalhão, na Serra, e bloquearam a saída de viaturas. No dia seguinte, praticamente todos os batalhões tiveram as vias de acesso fechadas.
Dentre as reivindicações estão reajuste salarial e o pagamento de auxílio-alimentação, periculosidade, insalubridade e adicional noturno.
Mais de 100 mortes no Espírito Santo
Já são mais de 100 assassinatos contabilizados em todo o Espírito Santo em seis dias de paralisação dos policiais militares, de acordo com o Sindicato dos Servidores Policiais Civis do Estado do Espírito Santo (Sindipol/ES). Segundo o presidente do sindicato, Jorge Emílio Leal, os números exatos pararam de ser atualizados.