Política

Governo efetiva interino como secretário nacional de Segurança Pública

Coronel da PM do Distrito Federal, Carlos Renato Machado Paim já atuava como secretário substituto desde saída do general Guilherme Theophilo

Foto: Divulgação
Carlos Renato Machado Paim

O coronel da Polícia Militar do Distrito Federal, Carlos Renato Machado Paim, foi efetivado no cargo de secretário nacional de Segurança Pública do Ministério da Justiça. A portaria com a nomeação foi publicada no Diário Oficial da União desta sexta-feira (26) e está assinada pelo ministro da Casa Civil, Walter Braga Netto.

Paim já estava atuando como secretário substituto desde que o general da reserva Guilherme Theophilo foi exonerado do cargo, em meados de maio. Theophilo, que em 2018 disputou o governo do Ceará pelo PSDB, exerceu a função na gestão de Sérgio Moro no Ministério da Justiça.

Antes de ser escalado para o governo federal, Paim havia sido nomeado em março, pelo governo do Distrito Federal, como subsecretário de Operações Integradas da Secretaria de Estado de Segurança Pública do DF.

Como revelou o Estadão, a separação da Segurança Pública em um ministério à parte, fora da Justiça, já é dada como certa no Palácio do Planalto, mas Bolsonaro ainda aguarda o melhor momento de recriar a pasta.

A ideia de divisão ganhou força com a exoneração de Moro, que exigiu a unificação da Justiça e da Segurança Pública em um superministério antes de assumir o cargo. Com a mudança, a estrutura hoje comandada por André Mendonça ficará esvaziada, sem seus órgãos mais importantes, como a Polícia Federal, o Departamento Penitenciário Nacional (Depen) e a Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Quando assumiu o cargo, no fim de abril, Mendonça chegou a sondar o coronel Araújo Gomes, ex-comandante da Polícia Militar de Santa Catarina, para assumir a Secretaria Nacional de Segurança Pública. A indicação, porém, não foi para frente e a decisão foi por efetivar Paim.

Um dos nomes cotados para assumir o posto caso o ministério seja recriado é o do ex-deputado Alberto Fraga (DEM-DF), que é amigo de Bolsonaro. Ele tem o apoio da bancada da bala do Congresso, que defende a separação.