Política

Governo tomará medidas para evitar 'shut down', diz Dilma

Presidente se recusou a admitir que tenha plano B para manter gastos do Executivo mesmo sem aprovação de proposta de alteração do Orçamento de 2015, que ainda não foi votada no Congresso

Presidente do Brasil participa de Conferência do Clima Foto: Divulgação/Governo

Paris – Na véspera do dia em que terá de “desligar” o governo e cortar gastos da ordem de R$ 10,7 bilhões, a presidente Dilma Rousseff afirmou às margens da 21ª Conferência do Clima (COP-21), em Paris, que tomará as medidas necessárias para evitar a suspensão de serviços básicos à população.

“O governo fará uma avaliação e também tomará as medidas necessárias para não comprometer a vida da população brasileira”, garantiu, em tom sereno.

A presidente se recusou a admitir que tenha um plano B para manter os gastos do Executivo mesmo sem a aprovação da proposta de alteração do Orçamento de 2015, que ainda não foi votada no Congresso, gerando um impasse a partir de 1º de dezembro. “Não vou dizer para você o que nós vamos fazer porque nós estamos em processo permanente de avaliação”, argumentou, sem citar exemplos de medidas que estaria prestes a adotar.

Dilma disse ainda acreditar na reversão do problema pela mobilização do Congresso. “Nós acreditamos que o Senado e Câmara irão aprovar essa medidas, as mudanças das metas, porque é algo que também afeta o Senado, a Câmara e o Judiciário”, disse a presidente.

A ameaça de “shut down”, ou seja, de desligamento, se tornou concreta na semana passada, quando o legislativo deu sinais de que não analisaria a proposta de alteração do orçamento em tempo hábil. Com isso, pagamento de serviços básicos da administração pública federal, como luz, telefone, bolsas de estudos nacionais e internacionais, passagens aéreas e diárias de servidores, podem ter seus pagamentos suspensos. A presidente, porém, se recusou a comentar se essa hipótese se concretizará.