O Grupo Fora PT planeja um ato de agradecimento à população de Vila Velha para o próximo domingo (15), pelo fato de a cidade ter “engrossado” as manifestações a favor do impeachment da presidente da República Dilma Rousseff (PT). Previsto para iniciar às 15 horas, na pracinha de Itaparica, o ato será capitaneado por um trio elétrico, cujos ocupantes farão discursos de agradecimento.
“Vila Velha sempre deu um show à parte com a adesão em massa do povo. Vamos agradecer o apoio dizendo que valeu a pena”, comentou o integrante do grupo Marcelo Zouain Moura Rocha. O professor comentou ainda que foi iniciado um novo momento que, apesar de não ser o ideal, é importante celebrar.
Além de palavras de agradecimento à população canela-verde, o ato, segundo Zouain, também chamará atenção para o novo governo. “Estamos atentos ao Temer, aos novos ministros e principalmente à manutenção das ações da Lava Jato no combate à corrupção do Brasil. Precisamos ser bastante responsáveis e coerentes de que a retirada do PT do poder é o fim de um ciclo. Mas que isso por si só não resolve o problema”, argumentou.
A previsão é de que o trio elétrico, que poderá ser seguido por carros ou pessoas a pé, passe pelo bairro Jockey, toda a orla, Avenida Hugo Musso, Centro de Vila Velha e Posto Moby Dick. Nesse local deve ocorrer um ato público, em que os participantes terão a oportunidade de discursar.
Momento é preocupante, diz grupo Fora Dilma
Outro grupo protagonista das manifestações contra a presidente da República no Estado, o Fora Dilma não vê motivos para comemorar, assim como o Fora PT. “O Temer não é o presidente que a gente queria”, lamenta Jéssica Polese, membro do grupo. “Acredito que esse desfecho foi necessário, mas não é motivo de festa”, complementou.
Polese afirmou ainda que o grupo Fora Dilma tem a noção de que precisa fiscalizar Michel Temer (PMDB), apesar de entender que o presidente interino precisa de um tempo para conseguir mostrar trabalho. O foco, entretanto, deve ficar na oposição a grupos como Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), Central Única do Trabalhador (CUT) e Frente Brasil Popular.