A decisão do governo federal de estabelecer um prazo máximo de seis meses para a reforma da Previdência nos Estados e municípios agradou o governador do Espírito Santo Paulo Hartung.
O peemedebista afirmou que a decisão do governo federal de incluir os Estados na reforma da Previdência em discussão no Congresso, caso as Assembleias Legislativas não aprovem mudanças locais num prazo de seis meses, é “uma construção muito bem feita”.
Para Hartung a probabilidade de se harmonizar a reforma, entre as unidades federativas, com as novas regras, “cresce exponencialmente”. As informações são do Jornal Valor Econômico.
“Criou-se um mecanismo de adesão à reforma federal. Pode haver negociações locais, mas tem-se o marco. O simples não pronunciamento já é uma adesão a ele”, completa.
Questionado se o mecanismo retira pressão sobre os governadores, Hartung afirmou que os chefes dos Executivos estaduais “devem continuar defendendo a reforma da Previdência com entusiasmo”. “Não tem alívio nenhum, tem um debate a ser feito. Precisamos nos expor”, acrescentou.
Hartung destacou que sempre defendeu a reforma previdenciária “de peito aberto, na imprensa, em palestras”, pois o sistema é “insustentável”. Mas não quis adiantar se enviará ou não um projeto à Assembleia Legislativa do Espírito Santo – o que provocaria a reação contrária dos servidores estaduais e o desgaste de sua imagem.
Reforma unificada
Outro que sempre defende a reforma previdenciária é o secretário estadual de planejamento Regis Mattos. Em entrevista recente ao Folha Vitória, Mattos ressaltou que a reforma é necessária e urgente, mas para obter o máximo sucesso deve ser feita de forma uniforme entre união, estados e municípios.
“Nós temos mais de dois mil municípios espalhados por todo o Brasil.Se cada um desses municípios for obrigado a criar uma regra previdenciária vai ser criar o caos previdenciário”, revela Mattos.