Depois de ser indicada como pré-candidata do PT à Prefeitura de Cariacica, na noite da última quinta-feira (29), em reunião do partido, Célia Tavares foi lançada pré-candidata de um grupo de oito partidos na manhã desta sexta-feira. Conhecido como blocão de Cariacica, o grupo é composto por PTB, PSL, PCdoB, PT, PV, PTC, PROS e PSB .
“Todas as pesquisas mostram que a eleição está aberta e, portanto, que uma terceira via é viável e tem espaço. A população de Cariacica estava ansiosa para saber qual o nome que essa frente lançaria e o que a gente escuta é que não se quer nem a candidatura A nem a B”, comentou Tavares.
Célia, que é professora e concorreu ao governo do Estado em 2014 como vice do também professor Roberto Carlos (PT), disse ainda que o deputado federal “Helder já afirmou e reafirmou que estará na campanha como se fosse o nome dele”.
Entretanto, três nomes do blocão não ficaram satisfeitos com a pré-candidatura de Célia. São os casos de Adilson Avelina (PSB), ex-presidente da Câmara Municipal, e os deputados estaduais Marcos Bruno (Rede), que participou de apenas uma reunião do grupo, e Sandro Locutor (PROS) – todos os respectivos pré-candidatos ao Executivo de Cariacica pelos seus partidos.
“Queríamos fazer uma pesquisa independente e o melhor seria o nosso representante. Mas o Helder achou mais viável a Célia, que reuniria melhores condições. Mas no meu ponto de vista, quem tem melhores condições é quem tem voto”, disse Avelina.
Locutor, que assim como Avelina não participou do encontro, afirmou que a decisão foi tomada por alguns membros dos partidos integrantes do blocão. “Se [a candidatura da Célia] é movimento solo do Helder, ele vai ter que reconstruir isso. Porque não tem muito tempo e não sei se ele tem mais essa credibilidade para resgatar esses partidos”, comentou Locutor, que afirmou ser difícil o PROS caminar com o PT.
Já Marcos Bruno salientou que só participou de uma reunião do grupo, e que a avaliação de parte do blocão era de que Célia não era viável, pois o próprio PT dizia que não teve tempo para construir um nome por conta do recuo tardio de Salomão em disputar o Executivo. “Se o próprio partido divulga isso, como os outros vão acreditar nesse tipo de candidatura?”, alfinetou.
A partir da decisão do nome da Célia, os partidos que ficarem com o PT terão de decidir, nos próximos dias, a vaga de vice-prefeito. Também serão realizados encontros regionais e plenárias temáticas para elaboração do programa de governo da futura coligação.