Além de externar a grave crise na segurança pública sofrida por vários estados brasileiros, a intervenção federal assinada por Michel Temer (MDB) para o Rio de Janeiro deve mudar os rumos do cenário político brasileiro já no início de 2018.
Como a Constituição Federal não pode sofrer alterações durante o período de intervenção, a Reforma da Previdência, marcada para ser votada na próxima semana, foi retirada de pauta mais uma vez, o que deve beneficiar o governo, segundo o consultor em marketing político, Darlan Campos.
“A intervenção federal demonstra exatamente o processo de decadência da segurança pública do país e também oferece ao governo uma saída para não discutir mais a Reforma da Previdência. Sabemos que estava difícil conseguir os votos necessários para votar o texto, então é uma saída à francesa para o caso”, garante Campos, que não acredita que o tema vá voltar ao noticiário em breve.
“Historicamente, os anos eleitorais são anos de baixa produção legislativa e a tendência é que temas que geram comoção popular fiquem em segundo plano. Acho que o governo terá dificuldade de aprovar qualquer matéria que não tenha amplo consenso na sociedade brasileira, como privatizações e reformas”.
Nas eleições
Por conta de todos essas situações, o consultor também ressalta a importância que a segurança pública terá no período eleitoral. “O tema da segurança pública tende a ter uma importância maior no mercado político, vai crescer a imprtância desse tema nas próximas eleições e isso favorece o deputado federal Bolsonaro, que é uma pessoa ligada ao tema”.