Política

Jornalista preso por apologia à ditadura nega participação em atos

Oswaldo Eustáquio, preso no inquérito do STF que apura financiamento de atos antidemocráticos, diz que participou fazendo cobertura jornalística

Foto: Reprodução /Youtube
Oswaldo Eustáquio: “intervenção popular, mas pelo voto”

O jornalista Oswaldo Eustáquio negou em depoimento à Polícia Federal ter propagado mensagens contra instituições ou mensagens defendendo a intervenção militar no Brasil. O jornalista está preso desde sexta-feira (26) no âmbito do inquérito do STF que apura o financiamento de atos antidemocráticos no País e disse em depoimento nesta quinta (2), que participou de atos apenas fazendo cobertura jornalística e que não defende intervenção militar, mas “uma intervenção popular, pelo voto”.

Eustáquio, que é casado com uma secretária do governo Bolsonaro, diz não conhecer pessoas do governo, além da sua mulher, e que não recebe ou recebeu recursos públicos por seu trabalho jornalístico. Admite, no entanto, ter trabalhado na assessoria de comunicação do governo de transição até 31 de dezembro de 2018  a convite de “uma coalisão de pessoas que conheciam o seu currículo como jornalista”.

Ele disse ainda que é amigo pessoal da ativista Sara Winter, e disse o mesmo em relação a Allan dos Santos. Disse ter amigos comuns a Otávio Fakhoury e que não conhece Luís Felipe Belmonte, outros alvos das investigações.

A defesa do jornalista Oswaldo Eustáquio vai entrar com um pedido de habeas corpus ao Supremo, alegando que ele já prestou depoimento, tem endereço fixo e não estava em fuga quando foi detido. Ele foi preso perto da fronteira, mas de acordo com a defesa, estava na região por ter parentes e por estar fazendo trabalho jornalístico sobre abertura do comércio no Paraguai na pandemia. 

Com informações do Portal R7