Política

Justiça arquiva inquérito que apurava suposto crime de caixa dois contra Sérgio Vidigal

Deputado federal, que já foi prefeito da Serra, era investigado por suspeita de usar recursos públicos para bancar a campanha eleitoral de sua esposa, Sueli Vidigal, em 2010

Foto: Agência Brasil

A Justiça Eleitoral decidiu arquivar o processo que tramitava desde 2010 contra o então prefeito da Serra, Sérgio Vidigal (PDT), e sua esposa, Sueli Vidigal, que na eleição daquele ano foi reeleita deputada federal. O inquérito apurava uma possível utilização de recursos da prefeitura para bancar a campanha eleitoral da então deputada naquele ano.

As investigações a respeito do suposto crime de caixa dois tiveram início durante a operação “Em Nome do Filho”, deflagrada em dezembro de 2010 e que resultou na prisão de pessoas ligadas ao gabinete de Sueli Vidigal. No entanto, as provas colhidas na época foram consideradas ilegais pela Justiça.

O caso chegou a ser encaminhado, em 2011, para o Supremo Tribunal Federal (STF), que o devolveu para a Justiça Eleitoral somente em 2018, solicitando novas diligências. Na ocasião, foram colhidos depoimentos de diversas testemunhas, mas nenhum deles deu sustentação aos fatos investigados.

“Fica no presente caso a ausência de justa causa para o embasamento de uma denúncia quanto aos fatos investigados, e em razão do tempo transcorrido desde então (2010), vislumbra-se a impossibilidade de neste momento se obterem provas quanto aos fatos”, declarou o promotor Ronaldo Gonçalves de Assis, da 26ª Zona Eleitoral da Promotoria de Justiça Cível da Serra, que se manifestou pelo arquivamento do processo.

“Seguir na investigação representa desperdiçar esforços, ante o tempo decorrido desde então, sendo improvável algum sucesso neste sentido”, completou o promotor, em seu parecer sobre o arquivamento, que foi confirmado pela juíza da 26ª Zona Eleitoral da Serra, Gladys Henriques Pinheiro.

De acordo com Sérgio Vidigal, hoje deputado federal, as denúncias contra ele e a esposa não tinham quaisquer fundamentos legais. O parlamentar acredita que elas foram frutos de divergências políticas.

“Foram denúncias sem qualquer veracidade. Assim, o arquivamento do inquérito só prova que sempre trabalhamos dentro da lei. O importante é que a verdade sempre prevalece!”, declarou Sérgio Vidigal.