A Justiça converteu a prisão em flagrante da prefeita de Presidente Kennedy, Amanda Quinta Rangel, em prisão preventiva. A decisão ocorreu durante audiência de custódia, realizada nesta sexta-feira (10).
A prefeita, que está afastada cautelarmente da função pública por 60 dias, é um dos alvos da Operação Rubi, deflagrada na quarta-feira (08) pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES). Com a decisão, ela continuará no presídio feminino de Cachoeiro de Itapemirim, para onde foi levada na quinta-feira, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão na residência dela.
O objetivo da operação é desarticular e colher provas relativas à atuação de uma organização criminosa constituída para lesar os cofres públicos dos municípios de Presidente Kennedy, Marataízes, Jaguaré e Piúma por possível direcionamento licitatório em favor de pessoas jurídicas contratadas, pagamento de vantagem indevida a agentes públicos e superfaturamento de contratos administrativos de prestação de serviço público.
As investigações do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com o apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES e parceria do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo (TCEES), tiveram início em 2018 e colheram fortes indícios de que agentes políticos e servidores municipais recebiam propina de empresários dos ramos de limpeza pública e transporte coletivo.
Segundo as investigações, esses valores pagos eram uma forma de retribuição por receberem benefícios financeiros em licitações e contratos, levando ao enriquecimento indevido dos envolvidos.
A prefeita, o companheiro dela, o secretário municipal de Desenvolvimento Econômico, José Augusto Rodrigues de Paiva, o empresário Marcelo Marcondes Soares e o motorista do empresário, Cristiano Graça Souto, foram presos em flagrante durante a operação.
De acordo com o MPES, o empresário esteve na quarta-feira (08) à tarde na casa da prefeita para entregar R$ 33 mil de propina, que estavam dentro de uma mochila. A visita e a presença dos empresários na cidade foram monitoradas desde segunda-feira (06) pela polícia, que efetuou as prisões em flagrante na residência da prefeita.