A Promotoria de Justiça de Linhares, no Norte do ES, prorrogou o afastamento do cargo da vereadora Rosa Ivania Euzebio dos Santos, a Rosinha Guerreira (PSDC). Ela é acusada da prática de rachid, quando um político que exerce um determinado mandato exige para si parte dos salários de servidores como condição para a obtenção ou manutenção do cargo.
Rosinha foi presa na Operação Salário Amigo, deflagrada em 26 de fevereiro deste ano pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES), mas obteve o direito de responder à acusação em liberdade. Ela está afastada das funções na Câmara de Linhares desde o dia da prisão, mas o prazo do afastamento terminou nesta terça (03).
A prorrogação por mais 180 dias se deu nesta quarta (04), a partir de ação civil pública por atos de improbidade administrativa com pedido de liminar do MPES, cujo pedido foi deferido pela Promotoria de Justiça de Linhares.
Bens indisponíveis
Também foram deferidos os pedidos do MPES de indisponibilidade de bens da vereadora e de oito réus, de forma a garantir possível ressarcimento aos cofres públicos. A decisão determina, ainda, o desconto em folha de pagamento de 30% do subsídio da vereadora, devendo ser comunicada ao presidente da Câmara para que esse valor seja depositado em juízo.
O MPES argumenta que os atos de improbidade praticados pelos requeridos, em manifesto e evidente desacordo com a Constituição e as leis, ferem profundamente o sentimento de cidadania, ao revelar completa desconsideração e descaso à vontade popular, fundamento básico do poder estatal.