Política

Justiça suspende sessão de julgamento contra vereador acusado de rachid em Anchieta

A sessão extraordinária julgaria a cassação do parlamentar e necessitaria de oito votos favoráveis. O vereador seria julgado tomando por base a denúncia de servidores

Foi aberta uma CPI para apurar a denúncia. Foto: Divulgação

O juiz Diego Ramirez Grigio Silva, da Comarca de Piúma, concedeu liminar suspendendo a sessão extraordinária da Câmara Municipal de Anchieta que julgaria nesta segunda-feira (21) o vereador Dilermando Mello (PMN), acusado da prática de rachid, que é a cobrança de parte dos salários de servidores aproveitando-se de seu cargo de vereador.

A sessão extraordinária julgaria a cassação do parlamentar e necessitaria de oito votos favoráveis, o que representa 2/3 de vereadores que atuam na casa.

A apreciação do pedido de cassação aconteceria após a análise da Comissão Processante, instalada em setembro na Casa de Leis.

O vereador seria julgado tomando por base a denúncia de servidores, que segundo foi informado, Dilermando utilizaria funcionários “fantasmas”. A nova data para prosseguimento do processo de cassação será definido somente depois da apreciação de recursos por parte do Tribunal de Justiça do Espírito Santo.

A Comissão Processante (CP) que investigou a denúncia em desfavor de Dilermando é formada pelos vereadores Roberto Quinteiro Bertulani (PRP), que é o presidente, o relator Robson Mattos dos Santos (PTdoB) e Terezinha Vizzoni Mezadri (PV), que é membro.

Desde setembro, a CP realizou oito sessões, uma solicitação ao Poder Judiciário – vários pedidos de informações – e ouviu 13 testemunhas, entre a defesa e acusação, totalizando 457 folhas ao final do processo.

O vereador Dilermando Mello explicou que impetrou o Mandado de Segurança por considerar que o processo tem problemas. “Impetrei o Mandado de Segurança porque o processo apresenta várias irregularidades processuais. Não devo nada. E tenho certeza de que provarei minha inocência. Até mesmo o relatório do Professor Robinho me absolve das acusações”, citou o vereador.

O vereador Professor Robinho foi procurado pela reportagem, mas não foi encontrado nem para discordar nem para confirmar a informação do vereador processado.