A notícia sobre a anulação das condenações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) repercutiu em todo o País. No Espírito Santo, os políticos mais fiéis a Lula, que acumulam décadas de filiação ao PT, comemoraram a decisão. “A sensação é de justiça e de alívio. Sabíamos que ele era inocente. Isso corrige uma distorção, a Justiça tarda mas não falha”, disse João Coser.
O político tem grande proximidade com o ex-presidente. Coser embarcou na corrida eleitoral, em 2020, à pedido de Lula. Ironicamente, o passado de escândalos do partido e as condenações do chefe nacional do PT atrapalharam as pretensões do ex-prefeito, que ficou em segundo lugar na disputa para o comando da Capital. Agora, 2022 entra no radar. “Pelo tamanho e pela história, acho difícil o PT não ter candidatura própria. É um partido que está mais que credenciado para ter candidato à presidente”, defendeu Coser.
O deputado estadual Helder Salomão, outro aliado de primeira hora do ex-presidente, avalia que a decisão vai desmascarar a Operação Lava Jato. “Este reconhecimento tardio não corrige a fraude das eleições de 2018, quando Moro tirou da disputa eleitoral Lula, que era o favorito em todas as pesquisas. Com certeza, daqui pra frente, haverá grandes mudanças no cenário político e eleitoral brasileiro. Lula no jogo, vai influenciar as eleições nacionais com grandes repercussões nos estados”, disse.
A deputada estadual Iriny Lopes também defendeu a suspeição dos integrantes da Lava Jato e a “reposição da verdade”. “Havia ali interesse político. Que ele seja inocentado pra decidir se vai ser candidato ou não. A devolução dos direitos políticos é fundamental. Não só pelo que Lula é para o PT, mas também para a democracia no País”, defendeu.