Política

Lava Jato cumpre mandados de busca e apreensão no DF e na Paraíba

Operação Ombro a Ombro está atrás de provas do pagamento de R$ 4 milhões em propina por parte de empreiteiras a executivos da Petrobras

Foto: reprodução da PF

A Polícia Federal (PF) e o Ministério Público Federal (MPF) deflagraram na manhã desta terça-feira (25) a Operação Ombro a Ombro, 73ª Fase da Operação Lava Jato. Cerca de 60 policiais cumprem 15 mandados de busca e apreensão em Brasília e em três cidades da Paraíba: João Pessoa, Cabedelo e Campina Grande.

Segundo a PF, durante as investigações foi identificada uma organização criminosa formada por executivos de grandes empreiteiras que, por meio da formação de cartel e pagamento sistemático de propina a diretores da Petrobras, fraudava as licitações realizadas pela estatal.

Essa fase busca informações sobre um dos investigados (que não teve o nome divulgado) que teria solicitado e recebido pelo menos R$ 4 milhões para blindar os executivos das grandes empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção que vitimou a Petrobras.

Segundo declarações prestadas por executivos de uma grande empreiteira em acordos de colaboração premiada, as vantagens indevidas destinadas ao investigado teriam sido pagas pela empreiteira por meio de doação a um partido político e repasses a empresas sediadas na Paraíba.

Os pagamentos feitos pela empreiteira a tais empresas foram justificados em contratos fictícios ou superfaturados.

O nome da operação, Ombro a Ombro, é uma alusão à origem histórica das CPIs. Segundo historiadores, tal origem pode ser associada a reuniões praticadas por monges budistas há milhares de anos, quando se sentavam em círculo (ombro a ombro) no sopé das montanhas, para meditar e apurar causas do mal-estar geral.

Com informações do Portal R7