Política

Nova fase da Lava Jato mira repasses de operadora de telefonia a filho de Lula

A ação é um desdobramento da 24ª etapa da Lava Jato, a Aletheia, que, em março de 2016, levou de forma coercitiva o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas

Foto: FERNANDO FRAZÃO/AGÊNCIA BRASIL

A Polícia Federal (PF) realiza na manhã desta terça-feira, 10, uma nova etapa da Operação Lava Jato para apurar crimes de corrupção, lavagem de dinheiro e tráfico de influência envolvendo contratos de operadoras de telefonia, internet e TV por assinatura que atuam no Brasil e no exterior. O objetivo da ação é buscar provas na investigação sobre repasses financeiros suspeitos, realizados por empresas do grupo Gamecorp/Gol, controladas pelo filho do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Fábio Luis Lula da Silva, além de Fernando Bittar, Kalil Bittar e Jonas Suassuna.

Provas documentais colhidas, como contratos e notas fiscais, além de dados extraídos a partir do afastamento dos sigilos bancário e fiscal dos investigados, indicam que as empresas do grupo Oi/Telemar investiram e contrataram o grupo Gamecorp/Gol sem a cotação de preços com outros fornecedores, fizeram pagamentos acima dos valores contratados e praticados no mercado, assim como realizaram pagamentos por serviços não executados

Segundo a corporação, os repasses para uma das empresas teriam chegado a R$ 193 milhões entre 2005 e 2016. Além disso, as autoridades cumprem 47 mandados de busca e apreensão em São Paulo, Rio de Janeiro, Bahia e Distrito Federal. 

A ação é um desdobramento da 24ª etapa da Lava Jato, a Aletheia, que, em março de 2016, levou de forma coercitiva o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para depor em uma sala no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo.