No dia 2 de fevereiro, o governador Paulo Hartung (PMDB) anunciou que o deputado Gildevan Fernandes (PV) seria o defensor dos interesses do Executivo no parlamento. Tarefa nada fácil, até espinhosa em certos momentos, mas o parlamentar entendeu o recado e desenvolve sua função dentro das expectativas.
Para que a sintonia do Executivo e o deputado seja plena, Fernandes participou, a convite do governador, do planejamento estratégico, realizado na última sexta-feira e sábado.
Folha Vitória – Como é o trabalho do líder do governo quando a Assembleia vive um momento de renovação?
Gilvevan Fernandes – Essa é uma função que demanda muito trabalho. São muitos desafios. Existem cortes, ajustes e nem sempre somos compreendidos. E às vezes os temas não são conversados.
FV – Como tem sido o ambiente de diálogo na atual Assembleia Legislativa?
GF – Vivemos em um ambiente de muitos debates, sempre pautados pela educação e pelo respeito.
FV – E o projeto da Escola Viva, que o senhor protocolou requerimento retirando a urgência?
GF – Esse é um projeto que vem sendo debatido com a comunidade acadêmica, governo e Assembleia. Na verdade, o mérito do projeto não gera descontentamento. Creio que o que gerou descontentamento foi que todos gostariam de debater mais o projeto.
FV – Qual foi a melhor atitude a se adotar no caso do projeto da Escola Viva?
GF – Tivemos a maturidade de retirar a urgência. A presidente da Comissão de Educação, deputada Luzia Toledo (PMDB), o presidente da Comissão de Cidadania, deputado Nunes, e o presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, deputado Sérgio Majeski (PSDB), juntamente com o magistério e os estudantes devem discutir o projeto.
FV – Qual foi o entendimento do senhor a respeito desse tema?
GF – A nossa concepção era de que o projeto já vinha sendo debatido desde a campanha do governador Paulo Hartung. Mas o que entendemos é que apenas a condução administrativa que vem gerando discussão. O mérito não é discutido.
FV – Como é a relação do Legislativo com o Executivo?
GF – A relação é ótima. Nada que o governo tem mandado para a Assembleia tem sido rejeitado. Mas tudo dentro dos princípios democráticos. Após o período de disputa eleitoral, o que vemos é um governo de unidade. É óbvio que temos deputados que mantiveram uma relação com o governo anterior. Fizemos cortes, ajustes, sofremos reação. Mas nenhuma reação foi desmedida.
FV – Como o senhor vê o trabalho da CPI do Pó Preto?
GF – Esse é um trabalho altamente importante. É o anseio da sociedade que não aguentava mais conviver com esse problema. Aguardamos soluções de curto e médio prazo. Acredito na seriedade dos membros da CPI. O nome da Assembleia está em jogo. Não acredito que será um resultado espetaculoso, mas vejo que as empresas deverão se adequar a um calendário que deverá ser proposto.