Política

Lula diz esperar que ninguém monte em cavalo resgatado no RS

Cavalo estava ilhado há dias; declaração ocorreu durante anúncio do governo sobre as medidas de socorro para o Estado, que enfrenta a pior tragédia climática da sua história

Foto: Balanço Geral/TV Record

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta quinta-feira (9), que foi dormir inquieto na noite desta quarta-feira (8) pensando em um cavalo que ficou preso em cima do telhado de uma casa no Rio Grande do Sul.

A declaração ocorreu durante anúncio do governo sobre as medidas de socorro para o Estado, que enfrenta a pior tragédia climática da sua história.

“Eu fico imaginando se aquele cavalo pensasse, como a gente imagina que são os pensamentos, o que aquele cavalo estava pensando, sozinho, em cima do telhado?”, questionou o presidente. “Espero que ninguém monte naquele cavalo por algum tempo, porque ele merece um bom descanso.”

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O presidente se referiu a uma imagem que circulou em jornais e redes sociais de um cavalo, mais tarde apelidado pela população de “Caramelo”, que estava ilhado em cima de uma residência no município de Canoas, um dos mais afetados pelas cheias. O nível da água quase alcançava o animal.

No início da manhã desta quinta-feira, a primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou que equipes foram mobilizadas para retirar o cavalo do local.

“Acabo de conversar com o general Hertz, comandante das operações no RS, e ele já mobilizou equipes para localizar e fazer o resgate do cavalo em Canoas. (…) Vamos torcer para que o ‘Caramelo’ tenha resistido essa noite”, escreveu.

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Pelo X (antigo Twitter), no final da manhã, ela informou que o animal foi resgatado, com trabalho de voluntários e do Exército. “Desde às 6h da manhã estamos mobilizados e conseguimos salvar o cavalo Caramelo”, disse. Em outra publicação, a primeira-dama afirmou que o animal é uma fêmea, mas veterinários afirmaram ser um macho, de fato.

Foto: Reprodução/Record News

Também estiveram presentes no Palácio do Planalto, onde ocorreu o anúncio, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), os ministros Fernando Haddad, da Fazenda; Marcos Amaro, do Gabinete de Segurança Institucional; Luiz Marinho, do Trabalho; Rui Costa, da Casa Civil; Ricardo Lewandowski, da Justiça, entre outros.

Os presidentes do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, e da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), também estiveram presentes. Ao todo, somando representantes da Caixa Econômica, do Banco do Brasil e do BNDES, 16 autoridades compuseram a mesa.

No início de seu discurso, antes de mencionar a cena do cavalo, o presidente agradeceu aos outros Poderes pelas ações conjuntas, “como se fôssemos uma orquestra”.

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O último balanço da tragédia climática que atinge o Estado gaúcho divulgado na manhã desta quinta mostra que o número de mortos chegou a 107 pessoas. Há 136 desaparecidos, além de 67 mil em abrigos. O total de municípios atingidos chega a 425. 

A crise de calamidade pública causada pelas enchentes foi comparada a uma situação de guerra pelos ministros.

Foram anunciadas medidas econômicas para apoiar os gaúchos, como a restituição de Imposto de Renda prioritária para a população do Estado, antecipação do pagamento de auxílios do governo, como o Bolsa Família, além de aportes para projetos de reconstrução de pontes, estradas e outras estruturas, entre outras medidas. O pacote de medidas anunciado por Haddad inclui apoio direto a cidadãos, empresas, Estado e municípios.