O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso desde abril do ano passado em Curitiba, está apaixonado e pretende se casar.
A namorada de Lula é uma socióloga paulista chamada Rosângela Silva, ela trabalha no escritório da estatal Itaipu Binacional em Curitiba e visita o ex-presidente com frequência na superintendência da Polícia Federal, onde o petista cumpre pena.
Esta é a primeira namorada de Lula, após a morte da mulher Marisa Letícia, em janeiro de 2016. Rosângela conhece o ex-presidente há mais de dez anos e os dois se aproximaram durante caravana do petista pela região Sul.
Depois de visitar o ex-presidente na prisão em companhia do ex-ministro das Relações Exteriores Celso Amorim, quinta-feira (16), Bresser comentou sobre a situação na publicação. “Sua (de Lula) maior demanda é a de ter reconhecida sua inocência. Está apaixonado e seu primeiro projeto ao sair da prisão é se casar”, escreveu o ex-ministro.
Segundo amigos próximos, a família de Lula conhece e aprova o relacionamento do ex-presidente com a socióloga. “Janja” como é apelidada a nova namorada de Lula, já estava com ele desde antes do decreto de sua prisão.
Política
Ainda segundo o ex-ministro, na mesma conversa Lula também falou sobre a situação da Venezuela e diz ser contra qualquer tipo de intervenção no país vizinho, mas reconheceu que o presidente Nicolás Maduro e seu antecessor Hugo Chávez cometeram erros. “Conta que muitas vezes aconselhou o Chávez, que era uma pessoa ótima, mas cabeça-dura. Ouvia os conselhos com atenção, mas não os seguia”, escreveu Bresser.
Prisão
Advogados e petistas esperam que Lula deixe a prisão ainda neste ano. Há duas semanas a defesa de Lula pediu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) a detração da pena e progressão para o regime semiaberto com base em decisão da própria corte que reduziu de 12 anos e um mês para oito anos e 10 meses a pena por corrupção passiva e lavagem de dinheiro à qual foi condenado no caso do triplex do Guarujá (SP).
O argumento utilizado é de que Lula já cumpriu mais de um ano e restam menos de oito anos de pena. A legislação brasileira prevê que condenados a até oito anos devem ir para o regime semiaberto.