Reeleito para o mandato que vai até 2018, o advogado Homero Mafra assume a Ordem dos Advogados do Brasil – seccional Espírito Santo – com o compromisso de valorizar os direitos humanos, o meio ambiente e o combate à corrupção. A posse acontece no auditório da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes) e conta com a presença de diversas autoridades, entre elas, o presidente do Conselho Federal da OAB, Marcus Vinicius Furtado Coelho.
A disputa do pleito se deu entre o atual presidente da OAB-ES, Homero Mafra, e os advogados Santuza da Costa Pereira e José Carlos Rizk Filho como adversários. Mafra foi eleito com 3.445 votos, que representou 36,52% do total de votos registrados.
Em seu discurso de posse, Homero Mafra destacou a necessidade do combate à corrupção.
“É preciso combater a corrupção, é preciso vencermos esse veneno que se entranha nas relações de poder. Sofremos com a corrupção que sonega riquezas do país e corrói o sentido ético da atividade pública, indispensável à construção da cidadania plena”.
Para o presidente da ordem, o combate à corrupção deve ser feito de forma firme. “O combate à corrupção deve ser feito com firmeza, de forma incessante e intransigente. As coisas têm nome e por seu nome devem ser chamadas. Corrupção é crime e não podemos apelidar de “malfeitos” os atos de dilapidação do patrimônio público”, apontou Mafra.
Homero Mafra comentou como deve ser a atuação do Poder Judiciário que, segundo ele, não necessita de outra reforma. “Não precisamos de uma reforma do Poder Judiciário. O que necessitamos é que o Judiciário passe a ter um olhar crítico em relação a si mesmo. É preciso que o Judiciário se reforme e que os juízes vejam o poder com os olhos da cidadania e não com os olhos do corporativismo”, assinalou.
Em seu discurso, em tom poético, Homero Mafra lembrou da tragédia de Mariana (MG), que atingiu o Rio Doce e, consequentemente, cidades do Espírito Santo.
“Despertado de meu sonho embrutecedor em relação à questão ambiental afirmo que a Comissão de Meio Ambiente terá a mesma importância da Comissão de Direitos Humanos. A tragédia de Mariana, causada pela convivência cúmplice das grandes empresas com o Poder Público, está a demonstrar que não podemos, os países periféricos, sermos os receptores de práticas já condenadas em outras terras pelos que se aproveitam de nossa imperiosa necessidade de gerar emprego e renda”.