Os senadores do Espírito Santo têm opiniões divergentes a respeito da manutenção de Renan Calheiros (PSDB) na presidência do Senado, conforme decidiu maioria do Supremo Tribunal Federal na noite desta quarta-feira (7).
Para Magno Malta houve uma sucessão de erros que colaboraram para aumentar a incredibilidade da sociedade nos poderes.
“O presidente Renan erra porque não recebe [a decisão judicial. Porque se não recebe ordem judicial você vai cobrar o que do cidadão comum? Você não tem o que cobrar. O cidadão hoje não tem como confiar nem no Legislativo nem no sistema Judiciário”, declarou Malta.
O senador também criticou o STF ao afirmar que a sociedade não sabe, de fato, qual a posição do STF. O ministro, se tivesse avaliado com seus pares, quem sabe não estaria vendo esse impasse que é uma crise institucional. A sociedade vive sua grande decepção. Sua grande vergonha”, disse Magno sobre a decisão monocrática tomada pelo ministro Marco Aurélio antes de avaliação do plenário da Suprema Corte sobre o afastamento de Renan.
Ricardo Ferraço (PSDB) era favorável ao afastamento de Calheiros. “A decisão do STF é absolutamente acertada em linha com aquilo que consagra a Constituição Federal. Não pode um réu estar presente na linha de sucessão presidencial. Estava profundamente constrangedor para todos nós ter alguém na presidência que é réu”, havia declarado Ferraço.
A senadora Rose de Freitas, correligionária de Renan, não foi encontrada pela reportagem para comentar a decisão do STF, mas já se manifestou contra a decisão liminar de Marco Aurélio que afastou Calheiros da presidência.