Não foi só em Vitória que o número de pessoas que foram às ruas se manifestar a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff diminuiu visivelmente. Em grande parte das capitais brasileiras, os protestos se mostraram mais vazios que os anteriores. De acordo com alguns dos organizadores das manifestações, o calor, a chuva e a falta de tempo hábil para divulgação influenciaram na queda do número de participantes.
Na capital do País, a expectativa era de que 60 mil manifestantes se reunissem na Esplanada dos Ministérios e seguissem em direção ao gramado do Congresso Nacional, mas no auge do protesto o número chegou a seis mil pessoas. Organizadores acreditam que o tempo ruim de Brasília contribuiu para a dispersão.
Em Porto Velho, a manifestação foi marcada para as 15 horas, na Praça das Três Caixas D’Água, ponto histórico da capital de Rondônia. No entanto, o protesto acabou dividindo espaço com um evento evangélico marcado para o mesmo horário.
Sudeste
Em São Paulo, o protesto pelo impeachment da presidente Dilma Rousseff reuniu milhares de pessoas na Avenida Paulista. A Polícia Militar não estimou o número de manifestantes, mas, de acordo com informações divulgadas o portal R7, a quantidade de pessoas era visivelmente menor do que nos protestos anteriores. O motivo, segundo a organização, foi pouco tempo de divulgação.
Segundo informações da Polícia Militar, cerca de cinco mil pessoas participaram do protesto em Belo Horizonte, realizado na Praça da Liberdade, Região Centro-Sul da capital. Na manifestação anterior, em 16 de agosto, foram seis mil pessoas, também conforme a PM. A manifestação mineira foi a única a registrar uma prisão: um homem tentou furar um boneco inflável do ex-presidente Lula e acabou detido.
No Rio de Janeiro, a concentração começou no final da manhã em uma das faixas da avenida Atlântica, na praia de Copacabana. O coordenador do Movimento Brasil Livre no Rio, Bernardo Santoro, afirmou que 20 mil pessoas participavam do ato. A PM estima um número bem menor de participantes.
Sul
A expectativa das lideranças do Movimento Brasil Livre em Florianópolis era que 20 mil pessoas se reunissem no Trapiche da Avenida Beira-Mar Norte para apoiar a derrubada da presidente Dilma Rousseff. Perto das 13 horas, horário marcado para iniciar o ato, os organizadores falavam em 5 mil manifestantes. Segundo a PM, cerca de 250 pessoas enfrentaram os 33º C para participar.
Na capital gaúcha, o protesto pelo impeachment da presidente reuniu famílias no Parque Farroupilha, conhecido como Redenção. Por volta das 16h30, a Brigada Militar (BM) estimava a participação de 400 pessoas. Já o Movimento Brasil Livre (MBL) fala em pelo menos três mil. O tempo está chuvoso na cidade de Porto Alegre.
O ato pelo impeachment da presidente Dilma realizado na tarde deste domingo em Curitiba teve dois personagens como tema dos gritos de ordem: o juiz federal Sérgio Moro, responsável pelo processo da Operação Lava Jato, aclamado como herói, e o ministro do Supremo Tribunal Federal Luiz Edson Fachin, como vilão. Segundo estimativas da Polícia Militar, cerca de sete mil pessoas compareceram à manifestação, mas organização contabilizou 20 mil manifestantes.
Nordeste
A manhã quente e ensolarada se mostrou bem mais atraente para o banho de mar do que para manifestações de rua em Salvador, onde a Polícia Militar estimou em 500 o número de pessoas que participaram do protesto a favor do impeachment da presidente Dilma Rousseff. O público foi bem menor que o de eventos anteriores, e que o esperado pelos organizadores, que acreditavam reunir cerca de cinco mil pessoas até as 14 horas no Farol da Barra, onde aconteceram os protestos.
Já em Recife, capital de Pernambuco, a manifestação pró-impeachment reuniu cerca de 500 pessoas na praça do Marco Zero, região central da cidade e há previsão de que outros protestos sejam realizados cidade ainda este ano.
Com informações do R7 e da Agência Estado.