O senador Marcos do Val (Podemos-ES) registrou sua candidatura na disputa pela presidência do Senado. A eleição está marcada para este sábado, dia 1º, a partir das 10h.
Se eleito, o senador disse à reportagem do Folha Vitória que vai só “apitar o jogo, porque as regras já estão na Constituição”.
Eu fui o primeiro a me candidatar. No dia 19 de dezembro eu já havia mandado um ofício me colocando como candidato, mas censurado e sem redes sociais ninguém ficou sabendo, afirmou o parlamentar.
O senador é investigado por obstrução às investigações sobre os atos golpistas do dia 8 de janeiro de 2023 e por ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).
Também buscam o comando da Casa os parlamentares Eduardo Girão (Novo-CE) e Marcos Pontes (PL-SP), que protocolaram seus pedidos na segunda-feira (27).
Os três serão os adversários de Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) na disputa. O ex-presidente do Senado ainda não protocolou sua candidatura, mas tem o apoio de quase todos os partidos da Casa Alta do Congresso.
Apesar do concorrente tido como favorito, Do Val se mostrou confiante e acredita que tem o apoio de pelo menos 42 colegas. “Vou contar com os 42 senadores que pediram a derrubada das decisões monocráticas do Alexandre de Moraes (ministro do STF)”.
O parlamentar também disse que vai se reunir com o “candidato do sistema” (Alcolumbre) nesta sexta-feira (31), mas não está aberto para negociações. “Vou ouvir, vou falar, mas vou manter a minha candidatura”.
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O PL de Marcos Pontes, por exemplo, apoia Alcolumbre. A iniciativa do senador paulista de lançar sua candidatura avulsa – o que no jargão legislativo significa que ela não tem o apoio da sua legenda – causou mal-estar na direita.
O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou publicamente Pontes pela empreitada – ataque que não foi suficiente para o senador recuar.
Com informações de Estadão Conteúdo.